O secretário de Estado de Saúde Gilberto Figueiredo afirmou que Mato Grosso vai conviver com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) pelo menos até o mês de novembro, por opção da população que não cumpre as medidas de isolamento e os cuidados para não serem infectados.
Gilberto afirmou que a doença avança como uma ‘nuvem de gafanhotos’, vindo do sudeste em direção ao interior do Brasil. Por este motivo, os estados do Centro Oeste enfrentam aumento exponencial no número de casos e mortes pela doença.
“Estancar as mortes não depende de abertura de leito de UTI. Estatisticamente uma porcentagem das pessoas infectadas irão a óbito, como não existe hoje medicamento exclusivo. Pelo menos 40% dos que vão para leitos de UTI acabam não resistindo, principalmente os que tem idade avançada ou comorbidades”, afirmou.
Segundo o secretário, a única forma de diminuir o número de mortes e casos é o isolamento social, e isso não foi alcançado. “Vamos amargar algum desconforto com esse comportamento. Ainda vai subir os números de casos, até chegar a um platô e depois a queda vai ser lenta. Vamos conviver com essa pandemia até novembro, porque essa é a opção que a população está fazendo”, lamentou.
Com esta previsão, Gilberto ainda lembrou do desafio que será o de realizar eleições em meio à pandemia, além do período de queimadas e baixa umidade do ar. “Vamos entrar num período muito complicado em Mato Grosso. Começamos a viver um momento de piora no estado do ar, com queimadas, baixa umidade, tudo isso contribui para o aumento de doenças respiratórias, então é um conjunto. Se tiver retorno das aulas, mais um ingrediente preocupante, e se tivermos eleição, por mais distanciamento que vá ocorrer, vai trazer consequências”, afirmou.