DJ de MT consegue cidadania britânica na pandemia e toma vacina contra Covid-19 em Londres: ‘Me senti privilegiada’

Larissa de Paula Rebelatto, de 26 anos, que faz parte do grupo de risco por ter diabetes, começou a trabalhar em um hospital de Londres por falta de oportunidade na área de atuação dela

Fonte: Por Kessillen Lopes, G1 MT

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Larissa de Paula Rebelatto, de 26 anos, foi vacinada contra a Covid-19 em Londres — Foto: Larissa Rebelatto/Arquivo pessoal

A DJ Larissa de Paula Rebelatto, de 26 anos, que morava em Cuiabá, se mudou para Londres durante a pandemia da Covid-19 e conseguiu a cidadania britânica. Na cidade, ela começou a trabalhar em um hospital e foi vacinada contra a Covid-19 na última sexta-feira (8).

Ela tomou a primeira dose da ChAdOx1, desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca. A segunda dose está prevista para março deste ano.

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Larissa de Paula Rebelatto, de 26 anos, foi vacinada contra a Covid-19 em Londres — Foto: Larissa Rebelatto/Arquivo pessoal

“Me senti privilegiada e fiquei muito feliz. Por trabalhar diretamente com a vacinação, tive a sorte de ser vacinada antes de muitos médicos”, ressaltou.

Larissa contou ao G1 que trabalhava como DJ e fotógrafa de alimentos em Cuiabá. Há quatro meses, ela viajou para Londres para fazer a quarentena e conseguir ir para a Itália tirar a cidadania. Foram 14 dias em Londres devido à fronteira Brasil/Itália que estava fechada.

“Fiz a quarentena em Londres, porque minha mãe mora aqui e ficava mais fácil e mais viável. Depois da quarentena, fui para a Itália e fiquei três meses para tirar minha cidadania. Depois desse períodos, voltei para Londres para morar”, contou.

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Larissa de Paula Rebelatto foi vacinada no dia 8 deste mês — Foto: Larissa Rebelatto/Arquivo pessoal

Segundo ela, devido à quarentena rigorosa realizada em Londres, não conseguiu arrumar emprego na área em que atuava.

“Não estou trabalhando como DJ, porque não pode ter festas. Também está complicado trabalhar de fotografa, pois a maioria dos restaurantes estão fechados”, explicou.

A DJ então decidiu buscar por vagas de emprego na internet. Nas redes sociais, ela viu um anúncio de vaga de emprego em um hospital da cidade e decidiu de inscrever.

“Era para trabalhar na linha de frente, na vacinação. Me inscrevi e dias depois fui chamada para trabalhar. Dois dias trabalhando eles perguntaram se eu queria ser vacinada. Respondi que sim, já que estou trabalhando nessa área e também faço parte do grupo de risco por ter diabetes”, disse.

Vacina de Oxford

Os testes iniciais em humanos da vacina de Oxford começaram ainda em abril de 2020. A Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou a falar que era a opção mais adiantada no mundo na época e, também, a mais avançada em desenvolvimento.

Em 27 de junho, o Ministério da Saúde anunciou a compra da tecnologia para produção dentro da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Na sexta-feira (8), o pedido emergencial para o uso da vacina foi feito junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Estudo preliminar publicado em outubro de 2020 e, depois, outra pesquisa publicada em novembro na “The Lancet” mostraram segurança e também a indução de “uma forte resposta imune”, principalmente em idosos, durante a fase 2 de testes.

Vacina em MT

O governador Mauro Mendes (DEM) confirmou, na terça-feira (20), que Mato Grosso receberá o primeiro lote de vacinas contra a Covid-19 ainda neste mês.

Segundo o estado, a informação foi oficializada pelo ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, durante reunião por videoconferência.

A testagem da vacina chinesa contra a Covid-19 começou a ser feita neste mês pelo Hospital Universitário Júlio Müller, em Cuiabá, como centro aplicador.

A primeira voluntária a receber a dose foi a médica infectologista do HUJM, Giovana Volpato Pazin Feuser.