A Diretoria Executiva da Empresa Mato-grossense de Tecnologia da Informação (MTI) se reuniu com os empregados públicos para mostrar as ações que têm sido realizadas para assegurar a viabilidade técnico-financeira da empresa – desde as atividades desempenhadas pela Comissão de Trabalho, até a formalização de parcerias estratégicas.
Durante a reunião, o presidente-interino da MTI, Kleber Geraldino Ramos dos Santos, destacou as estratégias adotadas para assegurar a permanência das atividades da empresa. Entre elas, a formação de três núcleos de atuação, sendo um relacionado aos trabalhos da empresa junto ao público externo, um para fortalecer o trabalho interno, além da própria Comissão de Trabalho criada para demonstrar a viabilidade da empresa.
“Estou conversando com o governador e secretários para demonstrar o que a MTI faz e a importância de cada um dos nossos analistas, principalmente aqueles que estão lotados nas secretarias. Estou fazendo a minha parte, de demonstrar o que a MTI faz na área de infraestrutura, sistemas e também administrativo”, afirmou.
Kleber Geraldino também explicou que se trata de um momento delicado e pediu paciência aos empregados. Ele assegurou que tem feito o máximo para, não apenas melhorar a imagem da empresa, como também para formalizar parcerias a fim de conseguir trazer novas receitas e assegurar à empresa a própria sustentabilidade, sem a dependência financeira exclusiva do Poder Público.
O presidente também esclareceu sobre a suspensão dos processos do Plano de Demissão Voluntária, determinada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), e afirmou que não há motivos para apreensão, especialmente para os 172 empregados que já aderiram ao PDV. “Eu pedi uma reunião com o auditor, que fez o relatório do PDV para poder explicar e deixar a situação clara e concisa. Vamos falar também com o TCE para esclarecer todo esse caso”, disse.
Ainda durante a reunião, o vice-presidente da MTI Cleberson Gomes explicou como se deu a reestruturação da empresa, que reduziu diretorias e cargos comissionados como uma das iniciativas à viabilidade, além de destacar o novo modelo de gestão implementado. Nesse modelo, as atividades deverão ser feitas com a redução de pessoal e de investimento, devido à situação do Estado, mas sem deixar de atender as demandas solicitadas e a entrega de projetos.
Segundo ele, hoje a MTI mantém 33 produtos de infraestrutura e 60 produtos de software, além de outras 100 tarefas permanentes. “Nós estamos fazendo toda a consolidação dos nossos produtos, versus nossa capacidade, para poder tomar as melhores decisões. Estamos vendo no nosso portfólio quais projetos vão fortalecer nossa imagem e as várias possibilidades de atuação da MTI”, disse.
O assessor-executivo Sandro Brandão também explicou sobre as parcerias estratégicas que estão previstas na Lei das Estatais (n° 13.303/2016) e como elas podem ser aproveitadas como uma nova forma de prestação de serviço e geração de receita para a MTI. Segundo ele, a parceria permite que a MTI se una a outra empresa para que juntas possam criar e ofertar ao mercado novas soluções tecnológicas.
“A lei traz diversas oportunidades e possibilidades para que as estatais possam criar meios mais flexíveis e inovadores para atuar como empresa, mesmo. Um inciso dessa lei pode ser a base para que a gente consiga viabilizar a MTI. O mercado privado já faz muito essa parceria, pois ele identifica as oportunidades de negócios e *junta as expertises para entregar algo de valor aos clientes e consumidores”, explicou.
“Esse é um dos mecanismos que podemos utilizar para garantir a viabilidade. Se não tivéssemos essa lei, nesse momento, a nossa viabilidade estaria comprometida e com uma série de dificuldades. Estamos trabalhando sério para que as parcerias aconteçam”, complementou.
Sandro Brandão também esmiuçou as tarefas da Comissão de Trabalho, que hoje está na fase de consolidação das informações do plano de viabilidade que, em seguida, será apresentado ao governador Mauro Mendes. A previsão é de que o trabalho da comissão seja finalizado em maio.