Nesta quarta-feira (02.02.22) é comemorado o Dia Internacional das Áreas Úmidas: um ecossistema de extrema importância para o planeta. Mas, o que são elas, afinal? Para quem não sabe, as áreas úmidas envolvem áreas costeiras, continentais, marinhas e artificiais, bem como pântanos, manguezais, lagos, reservatórios de hidrelétricas e áreas irrigadas para uso agrícola. Um dos exemplos mais famosos é o Pantanal Mato-grossense, considerado a maior planície alagada do mundo e classificado pela UNESCO como Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera.
Porque preservar?
Segundo a Convenção de Ramsar – tratado assinado por vários países do mundo para proteger e conservar essas áreas, ao todo, existem mais de 40 tipos de áreas úmidas no planeta. Mas, porque é importante protegê-las? Simplesmente porque o futuro da humanidade depende dessas áreas, que são fundamentais para o equilíbrio da biodiversidade do planeta e a regulação das mudanças climáticas, além de garantirem a produção de alimentos.
No entanto, de acordo com os especialistas, 60% desses espaços já deixaram de existir no planeta, por conta da degradação ambiental promovida muitas vezes pelo desenvolvimento econômico desenfreado.
Comitê de Ramsar
Foi pensando nessa situação, que em 2 de fevereiro de 1971, juntamente com o tratado, foi instituído o Comitê Permanente da Convenção de Ramsar, que anualmente pensa em uma série de medidas para preservar o que restou das áreas úmidas. Já a data é celebrada desde 2 de fevereiro de 1997.
Atualmente, conforme o site do comitê de Ramsar, 169 países são signatários do tratado para proteger essas áreas. O Brasil é um deles, com 12 ecossistemas desse tipo catalogados. Além do Pantanal, outros exemplos são: Área de Proteção Ambiental das Reentrâncias Maranhenses (MA), Parque Nacional do Araguaia – Ilha do Bananal (TO) e o Parque Estadual do Rio Doce, em Minas Gerais.
Em Mato Grosso
O REM MT (do inglês, REDD para pioneiros) também busca fazer a sua parte na manutenção e preservação desses espaços em Mato Grosso. Um dos projetos que o Programa apoia nesse sentido é o Muxirum Quilombola, que busca práticas da agricultura orgânica milenar dos quilombolas para manter em pé a vegetação do Pantanal, e também do Cerrado.