O matrinxã, uma das espécies de peixes conhecidas como “jardineiros”, tem sido objeto de estudo por parte dos pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) ao longo de uma década.
O enfoque dessas pesquisas tem se concentrado na análise da contribuição desse peixe para o processo de reflorestamento de áreas previamente devastadas.
Durante o período de cheia dos rios, o matrinxã desempenha um papel crucial ao disseminar sementes por meio de suas fezes, as quais germinam quando as águas recuam.
Entretanto, lamentavelmente, as atividades humanas vêm comprometendo a fonte de alimento desses notáveis “peixes jardineiros” no estado de Mato Grosso. De acordo com os especialistas, o desmatamento e a instalação de usinas hidrelétricas na região norte do estado estão resultando na degradação da mata ciliar na Bacia do Tapajós, a qual representa o quinto maior afluente da Bacia Amazônica.
Como consequência, apenas troncos secos subsistem, não proporcionando às espécies de peixes as árvores frutíferas necessárias para sua nutrição. Este cenário exige ações efetivas visando a conservação desse ecossistema vital e a proteção das espécies que dele dependem.
