As eleições que irão definir o rumo das cidades de Mato Grosso estão bem próximas, mas você, leitor, sabe qual é o perfil dos eleitores idosos do Estado?
Bem, vamos lá!! É interessante saber que o eleitorado de Mato Grosso tem um perfil cada vez mais maduro. De acordo com dados do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), pessoas com 60 anos ou mais representam 16% do total de eleitores, o equivalente a 418.441 pessoas.
Um dado pertinente é que, mesmo com o voto sendo facultativo a partir dos 70 anos, 134.447 pessoas nesta faixa etária estão aptas a votar, demonstrando um grande engajamento político.
A alta participação dos idosos nas eleições representa um desafio para a Justiça Eleitoral, que precisa garantir a acessibilidade e a inclusão de todos os eleitores. Por outro lado, é uma oportunidade para os partidos políticos e candidatos de direcionar suas campanhas para as demandas e necessidades desse público.
O estudo do TRE-MT revela um perfil detalhado do eleitor idoso em Mato Grosso. A maioria dos eleitores entre 60 e 69 anos possui ensino fundamental completo e é casada.
Já na faixa de 70 a 79 anos, o ensino fundamental incompleto é mais comum, e o estado civil predominante é o de viúvo(a).
Desafios de acessibilidade para o eleitor idoso de Mato Grosso
1. Infraestrutura inadequada
- Muitas seções eleitorais ainda carecem de acessibilidade física, como rampas de acesso, corrimões e elevadores. A ausência de uma infraestrutura adequada pode dificultar a mobilidade de idosos com dificuldades motoras ou que utilizam cadeiras de rodas, bengalas ou andadores.
2. Distância das zonas eleitorais
- Em áreas rurais ou cidades menores, as zonas eleitorais podem estar distantes das residências dos eleitores idosos. A falta de transporte público adaptado e acessível pode limitar o acesso deles ao local de votação.
3. Falta de apoio no local de votação
- Muitos idosos necessitam de auxílio para se deslocar ou entender o processo de votação, e nem todas as seções eleitorais têm pessoal treinado para prestar esse apoio.
4. Tecnologia de votação
- A utilização de urnas eletrônicas pode ser um desafio para idosos que não estão familiarizados com o uso de tecnologias digitais. A ausência de interfaces simplificadas e orientações claras pode criar confusão ou inibir a participação.
5. Informação insuficiente
- A falta de campanhas informativas direcionadas a idosos sobre o processo eleitoral, locais de votação acessíveis e direitos de acessibilidade pode deixá-los desinformados sobre os recursos disponíveis para facilitar seu voto.
6. Problemas de saúde
- Muitos idosos enfrentam condições de saúde como baixa visão, audição reduzida, dificuldades motoras ou doenças crônicas. Isso pode complicar o ato de se deslocar até as urnas ou interagir com o equipamento de votação.
7. Pandemia e saúde pública
- Ainda há preocupações sobre o impacto de pandemias como a COVID-19. Muitos idosos podem evitar aglomerações devido ao risco de contágio, o que exige medidas como votação em horários diferenciados ou atendimento domiciliar para evitar exposições.
8. Segurança pública
- Em algumas regiões, a insegurança, especialmente em áreas urbanas mais vulneráveis, pode ser um fator inibidor. Idosos podem temer sair de casa para votar se não houver garantias de segurança.
9. Desigualdade social
- Idosos de baixa renda podem ter menos recursos para acessar transporte ou ajuda necessária para se locomover até as urnas, exacerbando as desigualdades de participação.
10. Capacitação dos mesários
- A formação dos mesários quanto às necessidades específicas dos idosos pode ser limitada, dificultando o atendimento eficaz e personalizado.
A implementação de soluções, como transporte acessível, zonas eleitorais mais próximas e informações claras, seria essencial para mitigar esses desafios e promover uma eleição mais inclusiva para os idosos.