O deputado estadual Faissal Calil (PV), criticou na terça-feira (01), no plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) a decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de cobrar a bandeira vermelha de patamar 2, que resultará em um aumento de R$ 6,24 (seis reais e vinte e quatro centavos) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Para o parlamentar, faltou sensibilidade a agência e a Energisa, concessionária que distribui energia elétrica no estado.
De acordo com Faissal, existem diversas formas de operacionalizar o sistema sem onerar ainda mais o consumidor, principalmente em tempos de economia em crise, por conta da pandemia da Covid-19. Para o deputado, a concessionária de enregia poderia, juntamente com a agência, fomentar a implantação de empresas geradoras de energia mais baratas, utilizando energia solar, por exemplo.
“Não é prudente, em um período como o que estamos vivendo, um aumento dessa magnitude em um item de nossa economia tão fundamental, como a energia elétrica. A população, que precisa se preocupar com a manutenção de seus empregos, com a queda no faturamento de seus negócios e com a possibilidade desta crise permanecer até meados do ano que vem, agora precisa se preocupar ainda com um reajuste na conta de luz”, apontou.
Para o deputado, Mato Grosso permite que empresas produzam e forneçam energia elétrica de forma limpa e renovável, como a solar e a eólica. Segundo o parlamentar, a Energisa deve incentivar empresas e criar parcerias que impactem positivamente no preço final da energia para o consumidor.
“O aumento na energia elétrica impacta em toda a economia. Buscando fontes mais baratas, a Energisa atuaria positivamente em toda a cadeia produtiva de Mato Grosso. Nosso estado, por exemplo, é conhecido por conta de seu calor. Temos sol o ano inteiro. Porque não incentivar, por exemplo, a construção de pequenas usinas de energia solar? Acredito que isso seria positivo para investidores, para a própria concessionária, que compraria energia mais barata e, finalmente, para o consumidor, que pagaria um preço menor na conta de luz.”, concluiu Faissal.