Durante a 2ª reunião ordinária da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social, a presidente do Sindicato dos Profissionais de Nível Superior do Sistema Prisional em Mato Grosso, Eunice Teodoro, trouxe à tona uma grave denúncia sobre o uso do scanner corporal (body scan) na Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira, conhecida como “Ferrugem”, em Sinop.
Eunice Teodoro destacou que a penitenciária em Sinop é a única unidade no estado a empregar esse tipo de equipamento. Ela apelou à Comissão de Saúde para que solicite à Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) a imediata suspensão do uso do scanner corporal em visitantes, servidores e autoridades.
“Trata-se de um equipamento de raio-x pelo qual as pessoas passam durante a revista. Estamos discutindo com a Sesp para que os servidores utilizem apenas o detector de metais, mas a unidade de Sinop insiste em obrigar os servidores a passar pelo body scan, expondo-os à radiação diariamente”, alertou Teodoro.
Ela informou aos deputados que a Comissão Nacional de Energia Nuclear, vinculada ao Ministério de Energia, não registrou o equipamento. “Portanto, esse aparelho não deveria estar em funcionamento. A comissão nacional deve dar o aval, mas o scanner de Sinop não está autorizado. Solicitamos à Sesp sua regularização”, afirmou Teodoro.
O deputado Lúdio Cabral (PT) relatou que enviou à Sesp um requerimento solicitando informações detalhadas sobre o uso do scanner corporal. Ele busca esclarecer os procedimentos que o Estado está adotando para minimizar os danos à saúde dos profissionais expostos à radiação na unidade prisional. O parlamentar afirmou que a Comissão de Saúde notificará a Sesp, exigindo a interrupção imediata do uso do scanner até que as condições técnicas e normas de utilização sejam plenamente estabelecidas em todo o sistema prisional de Mato Grosso.