O deputado Delegado Waldir (GO), líder do PSL na Câmara, afirmou nesta sexta (18) que o presidente Jair Bolsonaro, seu co-partidário, tentou comprar deputados da legenda os oferecendo cargos e controle dentro do partido.
Ele afirma que o objetivo dessas tentativas era fazer com que os parlamentares assinassem a lista de apoio ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, a fim de torná-lo líder do partido — no lugar do próprio Waldir.
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“A questão da implosão era o áudio que foi divulgado parcialmente da fala do presidente tentando comprar parlamentares ao oferecer cargos e o controle partidário para esses parlamentares que votassem a favor do filho do presidente”, afirmou ele em entrevista durante convenção extraordinária do PSL em Brasília.
Em mais um capítulo da guerra aberta no PSL, a ala ligada ao deputado Luciano Bivar (PSL-PE) aumentou nesta sexta-feira (18) sua representação no diretório nacional da legenda, anunciou a suspensão de deputados bolsonaristas e confirmou trocas nos diretórios comandados pelos filhos do presidente Jair Bolsonaro.
Em uma convenção realizada na manhã desta sexta em Brasília, foram eleitas 52 novas pessoas para o diretório nacional, que passou a ter 153 membros. De acordo com parlamentares que acompanharam o encontro, a maioria dos novos integrantes -que têm direito a voto na eleição em novembro para a presidência do PSL- é alinhada a Bivar.
O grupo bivarista anunciou ainda que cinco deputados que assinaram a lista para tentar destituir o deputado Delegado Waldir (GO) da liderança do PSL na Câmara serão suspensos das atividades partidárias. São eles: Carlos Jordy (RJ), Alê Silva (MG), Bibo Nunes (RS), Carla Zambelli e Filipe Barros (PR).
Por último, disseram que haverá trocas no comando do PSL nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, presididos respectivamente pelo senador Flávio Bolsonaro e pelo deputado Eduardo Bolsonaro, filhos do presidente da República.