A Polícia Civil, através da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá (DEDM), atuando mais uma vez no combate a discriminação contra a mulher em todas as áreas, está desenvolvendo a ação “Diga Não ao Machismo no Esporte”. Na quinta-feira (17.12), servidores da especializada participaram de um jogo de futebol feminino, realizado no Clube da Caixa, para dar apoio a uma atleta que sofreu descriminação por atuar no esporte.
A inspiração para desenvolvimento da ação foi a jogadora de futebol Gizha Camargo, a qual sofreu violência de gênero que redundou em crime, praticado por outro jogador, no esporte amador, que não esconde o fato de ter dificuldades para aceitar que a mulher pode estar e ocupar os lugares que ela quiser.
Segundo a delegada da DEDM Cuiabá, Jozirlethe Magalhães Criveletto, a ação foi desenvolvida com três objetivos, o principal deles, mostrar para Gizha e outras mulheres atuantes no esporte, que ela não está só, e que existem pessoas que podem ajudá-la.
A ação também busca incentivar a atleta para que ela lute e busque a efetividade de seus direitos prescritos na lei, a igualdade entre homens e mulheres, e em terceiro lugar, porém não menos importante, o apoio da equipe da DEDM tem o objetivo de protestar contra qualquer tipo de preconceito às mulheres no esporte, independente da modalidade.
Durante a ação, os servidores da Delegacia de Mulher de Cuiabá aproveitaram para aproveitar o espaço para a distribuição de cartilhas explicativas, sobre os prejuízos que o machismo e a violência contra a mulher acarretam.A ação contou com a colaboração do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e da Casa de Amparo..
Para a delegada, a realização de ações como esta traz a sensação de satisfação, uma vez que leva a paz ao coração de mais uma mulher. ”A DEDM de Cuiabá foi criada exatamente pra isso: enfrentamento de todo e qualquer tipo de violência de gênero praticada contra a mulher. O machismo é uma das grandes causas dessa violência e, quando evidenciado no esporte, assim como em qualquer outro segmento de nossa sociedade, é nosso dever alertarmos as pessoas sobre o cometimento de crime”, explicou.
Jozirlethe disse ainda a importância de todos conhecerem a Lei, e estudar sobre os direitos humanos para que estejamos sempre preparados à combater as discriminações. “Se preciso for, devemos polir nossos valores de respeito ao próximo, mudarmos os nossos entendimentos, nossos pré-conceitos para que estejamos aptos à contribuir, senão para o extermínio, ao menos a diminuição do machismo, da misoginia, da discriminação, e para além disso, do ‘manterrupting’, ‘mansplaining’, ‘bropriating’, do gaslighting e outras atitudes patriarcais, tristemente, ainda visíveis em nossa sociedade”, finalizou a delegada.