Com mais de 75% do público-alvo vacinado contra a Influenza A (H1N1 e H3N2) e Influenza B, Cuiabá não vive surto da doença, como vem ocorrendo em outras capitais brasileiras. Até sexta-feira (17), havia três casos de H3N2 notificados, conforme a Vigilância de Doenças e Agravos Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Apesar de as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Policlínicas e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) estarem recebendo grande demanda de pessoas com sintomas gripais, a grande maioria tratam-se se resfriados comuns, que não são de notificação obrigatória e não são combatidos pela vacina da Influenza, que serve para evitar apenas os casos graves, já mencionados anteriormente.
Conforme o diretor clínico da UPA Norte, Renan Mancio, alguns fatores fazem com que haja aumento de casos de gripe nesta época do ano. “Esses aumentos sazonais ocorrem de acordo com as condições climáticas, como o período de chuva que vivemos no nosso estado. Também não podemos esquecer o período pandêmico que vivemos. Então, mesmo que o foco seja a covid-19, outras síndromes gripais também aparecem”, afirma.
O médico explica ainda que os sintomas de uma síndrome gripal comum e da covid-19 inicialmente são semelhantes, mas que alguns sinais podem apontar para um caso de maior gravidade, como falta de ar excessiva, baixa saturação e febre alta. “Esses sintomas nos levam a acender o sinal de alarme e dar maior atenção ao paciente. Mas de maneira geral, é difícil separar sintomas leves de uma síndrome gripal comum de uma covid-19. A gente trata de maneira semelhante, com antigripais, remédio para dor e bastante hidratação. A grande maioria se cura por si só em média entre 5 a 7 dias”, diz.
Renan Mancio ainda orienta à população quanto aos locais onde procurar assistência médica em caso de contrair uma gripe ou resfriado. “A gente tem que entender que o Sistema Único de Saúde (SUS) é dividido em atenções primária, secundária e terciária. E a estrutura primária em Cuiabá é muito bem equipada. Então, em caso de sintomas leves, o ideal é procurar a UBS mais próxima e deixar para a policlínica ou UPA os casos mais graves, que são os notificados”.