Está aberto o período de solicitação de aplicação da imunoglobulina Palivizumabe, destinado à prevenção de doença grave do trato respiratório inferior, causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR). O medicamento de alto custo é voltado para pacientes de até 2 anos de idade que residam ou estejam internadas em Cuiabá.
A responsável técnica de Saúde da Criança da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Susi Nayara da Costa, explica que desde 2019, a Secretaria possui um polo de aplicação ambulatorial para atendimento das crianças, que neste ano, visando evitar o contágio pelo novo coronavírus, funciona no centro odontológico anexo à Policlínica do Verdão.
Os critérios para solicitar a aplicação da imunoglobulina Palivizumabe são:
– Crianças nascidas com idade gestacional menor ou igual a 28 semanas (até 28 semanas e 6 dias) com idade inferior a 1 ano (até 11 meses e 29 dias) ou
– Crianças com idade inferior a 2 anos (até 1 ano, 11 meses e 29 dias) com doença pulmonar crônica da prematuridade, displasia bronco pulmonar ou doença cardíaca congênita com repercussão hemodinâmica comprovada.
Período de aplicação
O período de fornecimento e aplicação compreende os meses de maior circulação do vírus sincicial respiratório (VSR) que, conforme estudos do Ministério da Saúde, ocorre de março a julho, no Centro-Oeste brasileiro. A responsável técnica Susi Nayara da Costa explica que como o objetivo do medicamento é prevenir o surgimento de doenças respiratórios como, por exemplo, a bronquiolite, o início da aplicação se dá um mês antes da sazonalidade, ou seja, em fevereiro. “Durante esses meses de fevereiro a julho, podem surgir processos. E cada criança pode receber até cinco aplicações”, explica.
Para solicitar o medicamento Palivizumabe referente à sazonalidade citada, o responsável pela criança precisa apresentar cópia da certidão de nascimento, do cartão SUS e do comprovante de residência; receita médica emitida no prazo de até 180 dias, a partir de janeiro de 2021; além de relatórios médicos especificando a necessidade do uso dessa medicação.
No caso de pacientes prematuros, é necessário ainda anexar cópia do relatório da alta hospitalar.
No caso de pacientes com doença cardíaca congênita com repercussão hemodinâmica comprovada, é preciso anexar, além dos documentos pessoais e da receita médica, a cópia do relatório médico com a descrição da cardiopatia, o grau da hipertensão pulmonar e os medicamentos utilizados, também cópia do laudo do ecocardiograma do último ano.
Todos os solicitantes devem entregar formulário próprio do Palivizumabe preenchido pelo médico assistente solicitante (anexo I, II e III), disponível no site www.saude.mt.gov.br/informe/623. Os documentos devem ser entregues à responsável técnica de Saúde da Criança, Susi Nayara da Costa, na sede da Secretaria Municipal de Saúde, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h ou das 14h às 18h. Por questão de biossegurança, pede-se que a pessoa ligue antes para agendar a entrega, pelos telefones: 3617-7309/7364.
Palivizumabe
De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o Palivizumabe não é uma vacina, mas uma imunoglobulina – um tipo de anticorpo “pronto”, elaborado por técnica de engenharia genética – que induz imunização passiva específica contra o vírus sincicial respiratório (VSR). Atualmente, é a única forma disponível para a prevenção de quadros graves de infecções respiratórias em lactentes, como a bronquiolite e, principalmente, pneumonias.