“Enquanto gestor público municipal temos que ter equilíbrio, serenidade, responsabilidade e solidariedade para enfrentar esse momento de pandemia do coronavírus que estamos vivendo. Devemos ser sensíveis com tudo aquilo que está acontecendo com a sociedade marcada pela angústia, estresse emocional e desespero”, avalia o prefeito Emanuel Pinheiro sobre o decreto municipal de nº 8.372/2021 que estabelece a Quarentena Obrigatória até o dia 09 de abril em cumprimento a decisão judicial. Na noite de quinta-feira (1), em sessão de mediação promovida pelo Poder Judiciário de Mato Grosso na tarde desta quinta-feira (1º de abril), o Governo do Estado de Mato Grosso e o Município de Cuiabá chegaram a um acordo sobre as medidas de combate à pandemia da Covid-19 na Capital. A primeira delas é que os segmentos previstos no Decreto Municipal 8372/2021 (comércios em geral varejistas e atacadistas) seguirão o escalonamento previsto no artigo 3º da norma. Cuiabá também irá editar medida prevendo o rodízio de empregados nos estabelecimentos privados. Deliberaram ainda sobre o aumento da frota do transporte coletivo na cidade. Irão circular, até o dia 6 de abril, circularão mais 20 ônibus (pertencentes à frota reserva), observado o horário de maior movimentação. Também será apresentado na próxima semana plano de expansão dos locais de vacinação em Cuiabá.
O chefe do Executivo Municipal defende a ideia de que não adianta simplesmente fechar a cidade impedindo as pessoas que precisam trabalhar para levar o sustento para as suas famílias. “Vai ser gerado um caos em cima do caos, pois pela falta da renda mensal, o desespero vai imperar entre a população que não irá enxergar alternativas para sobreviver”, pontuou Pinheiro. O setor produtivo está no limite. Nós precisamos gerar emprego e renda. O trabalhador precisa do trabalho até para enfrentar a pandemia de forma digna.
Eu tenho defendido, um ano de muito trabalho no enfrentamento ao coronavírus, a vida é um aliado ao trabalho, é possível aliar o trabalho com dignidade, preservando a saúde e a vida da população, defendeu o gestor. Por isso, preservando o cumprimento das medidas de biossegurança, as pessoas podem trabalhar. “Não fazer uso do álcool gel, sair de casa sem o uso da máscara, participar de eventos com aglomerações. Essas são as ações pontuais é que se devem combater e o poder público deve mirar. A vida tem que andar de mãos dadas para que juntos possamos preservar a vida”, acrescentou.
Mais uma vez, o prefeito afirmou que aquele que trabalha com seriedade, não deve ser penalizado pagando pelos que agem incorretamente e não são eles os responsáveis pela propagação da Covid-19. “Todas essas discussões em torno do decreto municipal, principalmente no que condiz a listagem dos serviços considerados essenciais. São tipos de violência institucional, a Constituição da República, uma intervenção indevida da competência municipal, uma violência contra a autonomia dos municípios, concorrendo com o Governo Estadual, de definir as questões para crise sanitária e dar respostas a sociedade.
“Os responsáveis em definir políticas públicas sanitárias de enfrentamento a crise sanitária é o município. A prefeitura que tem uma equipe técnica estruturada para essa definição. Por isso que vamos recorrer para dar a tranquilidade necessária a população. Decisão judicial não se discute, por isso que estamos recorrer para dar um fôlego para aqueles que estão angustiados”, finalizou.