Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil, deflagrou na manhã desta quinta-feira (7) a Operação Resarcire, que tem como objetivo desarticular uma quadrilha de estelionatos que atua em Mato Grosso, São Paulo e Santa Catarina. Ao todo, 13 mandados de prisão estão sendo cumpridos. Grupo causou prejuízo de R$ 400 mil em vítimas durante 3 meses.
Conforme a assessoria de imprensa do órgão, são 28 mandados judiciais, sendo 5 de prisão preventiva, 8 prisões temporárias, além de 15 mandados de busca e apreensões, sequestro de bens e bloqueio de contas.
Justiça decretou ainda a indisponibilidade dos bens dos investigados. Entre eles, está uma casa construída em condomínio de luxo em Cuiabá, avaliada em R$ 500 mil.
Quadrilha vai responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro. A operação visa ainda cessar a atividade do grupo criminoso e impedi-los de fazer novas vítimas, além de apreender a maior quantidade de bens e valores em posse dos investigados, para o ressarcimento do prejuízo causado. Daí o nome Resarcire, que significa ressarcir em latim.
Investigação
Investigadores da GCCO conseguiram identificar a quadrilha de estelionatários por meio de um site de compra e vendas na internet, além da clonagem de anúncios. Com isso, o grupo gerou um prejuízo nas vítimas estimado em R$ 400 mil em um período de 3 meses, atingindo vítimas em Mato Grosso, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rondônia.
Delegado Vitor Hugo Bruzulato Teixeira explicou que os líderes da quadrilha estão instalados em Mato Grosso, São Paulo e Santa Catarina. São 5 membros que aplicavam os golpes, criando anúncios falsos e ainda cooptava novos integrantes, que atuavam como correntistas.
Consta ainda que os líderes lavavam dinheiro aplicando os valores recebidos nas fraudes usando o mercado imobiliário, além de acompanhar os correntistas aos bancos para fiscalizar os saques dos valores recebidos. Os correntistas por sua vez, usavam a conta bancária em favor da quadrilha.
Eles recebiam os valores dos golpes aplicados que eram transferidos pelas vítimas. Para isso, ficavam com 5% do valor sacado em caixa.
“Esses investigados eram a base da estrutura da pirâmide da organização criminosa, dando sustentação para a Orcrim e exercendo papel fundamental e indispensável para o sucesso nas empreitadas criminosas, sem as quais as aplicações dos golpes não se concretizariam”, explicou o delegado Vitor Hugo.