O Governo de Mato Grosso anunciou, conforme divulgado oficialmente durante a Expominério 2025, o início de um estudo para substituir mercúrio na mineração e a implantação de um laboratório mineral financiado pela TFRM. A medida foi destacada pela diretora de pesquisa do Instituto Escolhas, Larissa Rodrigues, que classificou o compromisso como pioneiro no país.
Compromisso inédito e repercussão
Conforme apurado no evento desta quinta-feira (27), Larissa afirmou que nenhum outro governo estadual havia destinado recursos públicos para desenvolver tecnologias que eliminem o uso do metal na extração de ouro. Segundo ela, a iniciativa abre precedente nacional e pode incentivar novas políticas ambientais em outras unidades da federação.
O governador Mauro Mendes declarou que a pesquisa será estruturada com recursos da Taxa de Controle, Acompanhamento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários (TFRM), conforme documento oficial da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec).
Debate técnico e tecnologias alternativas
A programação da Expominério incluiu painéis sobre métodos tecnológicos capazes de reduzir impactos ambientais e viabilizar operações sem mercúrio. Especialistas ouviram garimpeiros que já realizaram a transição e relataram desafios e soluções práticas. A diretora do Instituto Escolhas reforçou que existem alternativas viáveis e que precisam ser difundidas.
Infraestrutura científica e impactos no setor
O secretário adjunto de Mineração da Sedec, Paulo Leite, explicou que o laboratório mineral permitirá análises de solo e rochas dentro do estado, eliminando a necessidade de envio de amostras para outros centros. Ele afirmou que o avanço reduz custos, acelera pesquisas e fortalece a cadeia produtiva da mineração regional.
Com o novo centro, o Estado oferece suporte técnico e científico contínuo, favorecendo inovação, segurança e sustentabilidade no setor — etapas consideradas essenciais para consolidar políticas públicas de longo prazo voltadas à substituir mercúrio na mineração.
Por que a medida importa
- O mercúrio é reconhecido como substância tóxica pela Convenção de Minamata, ratificada pelo Brasil.
- A substituição reduz danos ambientais e riscos à saúde de trabalhadores e comunidades próximas.
- O fortalecimento da infraestrutura científica regional contribui para independência técnica e agilidade regulatória.
Reportagem baseada em pronunciamentos oficiais do Governo de Mato Grosso, Sedec e Instituto Escolhas.
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