Dois tremores de terra registrados entre a noite da última quarta-feira (19) e a madrugada de quinta (20) assustaram parte da população, em Cuiabá. Os abalos sísmicos foram confirmados pelo Observatório Sismológico (Obsis), ligado à Universidade de Brasília (UnB). O primeiro e maior ocorreu às 22h54 com magnitude de 3,24 graus na escala Richter. Outro evento sísmico foi às 4h47, com 1.58 de magnitude. Não houve registro de danos.
Os epicentros ocorreram próximo a Chapada dos Guimarães (65 quilômetros de Cuiabá). O de magnitude de maior dentro do Parque Nacional de Chapada e, o de menor nas proximidades da MT-351, rodovia que liga o distrito de Vila Bom Jardim a BR-163.
Pelas redes sociais, internautas disseram ter sentido rápido abalo de terra. Entre eles, moradores do Condomínio Florais e do Bairro Jardim Vitória. Segundo eles, móveis chegaram a tremer. “O chão deu uma tremida como se fosse terremoto. Fiquei muito preocupada”, relatou uma moradora.
O evento sísmico foi sentido ainda por moradores do Distrito da Guia. “Eu senti o tremor aqui também. Foram segundos, mas ocorreu”, comentou um internauta. “No Instituto de Computação na UFMT também tremeu nesse mesmo horário”, afirmou Helton Ojeda.
Neste ano, outras cidades do estado também já sentiram abalos sísmicos. Entre eles, Torixoréu e Juara, ambos ocorridos no dia 23 de maio passado. Respectivamente, os abalos foram de 1.3 e 2 na escala Richter. Em abril passado, ocorreram três tremores, sendo um em Porto dos Gaúchos (2), Itiquira (2.5) e Sorriso (2.3).
Um dos mais fortes foi sentido pelos moradores de Rondonópolis (220 quilômetros, ao sul de Cuiabá). Por lá, o abalo ocorreu no dia 31 de janeiro, com magnitude 3.5 na escala Richter. Também já foram registrados em Chapada dos Guimarães, Tangará da Serra, Rosário Oeste, Santa Rita do Trivelato, Nova Marilândia, Terra Nova do Norte, Rondonópolis e Porto Estrela. Em 2017, foram 35 tremores de terra.
Já em 27 de junho, moradores Barão de Melgaço, localizado na região do Alto Pantanal, a 102 quilômetros da capital, presenciaram um abalo de magnitude 3,1. Na ocasião, dois muros de casas distintas e paredes de outras duas residências apresentaram rachaduras. Conforme a escala Richter, que vai de 0 a 10, tremores com magnitude de 3.1 não são graves, mas podem causar pequenos danos.