O ano de 2023 foi marcado por temperaturas recordes em todo o mundo. No Brasil, o estado de Mato Grosso foi um dos mais afetados, com a capital Cuiabá registrando 44ºC, a maior temperatura já registrada no país.
Segundo o observatório europeu Copernicus, a temperatura média do ar na superfície foi de 15,30ºC em 2023, 0,85ºC acima da média para o período de 1991 a 2020. Isso significa que 2023 foi o ano mais quente dos últimos 125 mil anos.
Em Mato Grosso, os alertas para onda de calor começaram a ser divulgados no final de agosto. A Defesa Civil encaminhou diversas vezes SMS aos cuiabanos alertando para o risco à saúde. A recomendação era a mesma: evitar exposição ao sol em horários de 10h às 16h, além de beber bastante água, usar roupas largas e chapéus, andar pela sombra e tomar banhos frios.
Prejuízos para a Safra
Além da saúde humana, as ondas de calor também causaram grandes prejuízos aos campos de produção de grãos no estado. A chamada “quebra da safra” diminuiu a produtividade em grande porcentagem esse ano, se comparado a 2022.
De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o extremo calor, El Niño, deve durar ainda até abril de 2024.
O calor extremo que marcou o ano de 2023 é um claro sinal das mudanças climáticas. É preciso tomar medidas urgentes para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e mitigar os impactos da crise climática.