Números divulgados no 13ª Anuário Brasileiro de Segurança Pública apontam que Cuiabá é a quarta capital brasileira com a maior taxa de estupro. Conforme os dados, foram registrados 313 casos só em 2018, o que corresponde a um taxa de 51,6 a cada 100 mil habitantes.
A capital com o maior número de casos a cada 100 mil habitantes é Porto Velho (RO), com 79,5, seguido por Campo Grande (MS), com 67,7 e Boa Vista (RR), com 58,3. Depois de Cuiabá está Palmas (TO), com 47,6%.
Conforme exame geral do Anuário, 63,8% dos casos de estupro são cometidos contra vulneráveis. O estupro contra vulnerável é aquele que tem como vítima pessoa com menos de 14 anos, que é considerada juridicamente incapaz para consentir relação sexual, ou pessoa incapaz de oferecer resistência, independentemente de sua idade
De acordo com os registros de estupro e estupro de vulnerável dos anos de 2017 e 2018, 81,8% das vítimas eram do sexo feminino. Em relação ao recorte racial, as pessoas negras correspondem a 50,9% das vítimas e as brancas 48,5%.
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública tem como fontes as Secretarias Estaduais de Segurança Pública e Defesa Social, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
O estupro é uma modalidade da violência sexual e um dos mais brutais atos de violência, humilhação e controle sobre o corpo de outro indivíduo, em sua maioria mulheres. Vítimas de estupro podem sofrer lesões nos órgãos genitais, contusões e fraturas, alterações gastrointestinais, infecções do trato reprodutivo, gravidez indesejada e a contração de doenças sexualmente transmissíveis.
Em termos psicológicos o estupro pode resultar em diversos transtornos, tais como depressão, disfunção sexual, ansiedade, transtornos alimentares, uso de drogas ilícitas, tentativas de suicídio e síndrome de estresse pós-traumático.
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