A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), deflagrou na manhã desta terça-feira (07.12), mais uma fase da operação “Comando da Lei”, para cumprimento de dois mandados de busca e apreensão domiciliar relacionado à investigação de um homicídio na Capital cometido por integrantes de uma facção criminosa.
Os envolvidos identificados também estão com mandados de prisão decretados por homicídio qualificado pelo motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, porém não foram localizados e são considerados foragidos.
As ordens judiciais foram decretadas pela Justiça com base em investigações desenvolvidas pelo núcleo de repressão aos homicídios praticados por integrantes de organização criminosas da DHPP que identificaram o envolvimento dos alvos na morte de Rogério Pinheiro de Paula, de 33 anos.
O crime ocorreu no dia 18 de setembro no bairro Cohab São Gonçalo em Cuiabá e teria sido motivado por desentendimentos entre a vítima e membros da facção.
No dia dos fatos, a vítima foi agredida pelos suspeitos com pedaços de pau e supostamente por uma enxada em frente a sua residência, ocasião em que conseguiu se desvencilhar das agressões, dando uma facada em um dos agressores e em seguida fugindo para casa dos pais.
Os criminosos seguiram a vítima que foi contida na residência e cruelmente executada com três disparos de arma de fogo em frente a sua mãe, que chegou a implorar para que os suspeitos não matassem seu filho.
Durante a execução, enquanto um dos suspeitos efetuava os três disparos que atingiram a vítima no abdômen, pescoço e cabeça, o outro filmava toda a ação criminosa. Após os fatos, os suspeitos fugiram do local em uma caminhonete Toyota Hilux.
Segundo o delegado responsável pelas investigações, Caio Fernando Alvares Albuquerque, o caso retrata mais um homicídio fruto do “tribunal do crime”, em que integrantes de uma organização criminosa julgam e decidem pela morte da vítima, pelo simples fato de entender que houve descumprimento de regras impostas.
“Após ser espancada com pedaços de pau, a vítima ainda foi perseguida até a casa da sua mãe e friamente executada com projeteis de arma de fogo. Como amostra do ‘prêmio’, o comparsa filma toda a ação em seu celular. Ao final, o executor se vangloriou do seu ato dizendo ‘já fiz o serviço’”, disse o delegado.