A mãe de Pedro Sousa, de 4 anos, fez um desabafo na página dela no Facebook nesse domingo (25). No texto, a servidora pública End Michelle de Sousa conta o drama que a família está enfrentando para conseguir atendimento para o filho diagnosticado com tumor no cérebro. A família faz uma vaquinha online na esperança de conseguir arrecadar R$ 250 mil para o tratamento.
A família viajou de Sinop, a 503 km de Cuiabá, para a capital, com a expectativa de que a criança fosse atendida no Pronto Socorro.
Porém, ao chegar em Cuiabá, depois de alguns problemas na regulação de vagas, o menino foi internado na recepção da unidade.
Posteriormente, foi transferido para a ala amarela, onde a família foi informada de que precisaria entrar a Justiça para conseguir que o menino pudesse fazer uma cirurgia de emergência, pois o procedimento não é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), na capital.
Agora, a família tenta correr contra o tempo e faz uma vaquinha para tentar arrecadar dinheiro e transferir a criança para uma unidade particular em Cuiabá ou transferi-la para Barretos (SP), onde a cirurgia pode ser feita.
No relato na rede social, End Michelle conta que Pedro estava bem, porém, no dia 17 de novembro, o menino teve febre, vômito, estava muito sonolento e, o que a mãe considerou mais assustador: alguns membros começaram a paralisar.
No domingo (18), a criança continuou com os mesmos sintomas. E, na segunda-feira (19), os pais o levaram em um clínico geral. Foi indicado que o menino fosse levado a um pediatra. Após examiná-lo, o pediatra o encaminhou para um neuropediatra. No mesmo dia Pedro foi encaminhado para internação na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sinop.
A princípio, a suspeita era de que Pedro estivesse com meningite. No entanto, os exames diagnosticaram o tumor do cérebro. Diante do diagnóstico, os médicos pediram a transferência de Pedro para o Hospital Regional de Sorriso, a 420 km de Cuiabá.
Em Sorriso, o menino permaneceu monitorado por aparelhos até que conseguisse a transferência para a capital. Entretanto, ao chegar ao pronto-socorro, a família foi informada de que a regulação não havia sido feita de maneira correta e que a criança precisaria ficar na recepção até que um leito fosse liberado.
Depois dele ser internado na ala amarela, os pais receberam a informação de que precisariam lutar na Justiça para que o procedimento fosse feito em um hospital particular ou, conseguissem transferência para outro estado, onde há mais recursos para que a cirurgia possa ser realizada.
De acordo com Josel Alves de Sousa, pai de Pedro, a cirurgia é bastante delicada e implica em vários riscos.
“Ele corre o risco de ficar cego e de ficar com os membros paralisados para sempre, por isso estamos tão apreensivos”, disse o pai.
Ainda segundo Joel, a falta de informação e a demora nos protocolos tornam a situação mais difíceis.
“Estamos tendo suporte da Justiça, porque somos leigos e ainda nem sabemos se conseguiremos fazer a cirurgia aqui ou teremos que ir para outra cidade. Só sabemos que é urgente”, relatou.