A perspectiva é que nos próximos 10 anos a evolução das indústrias seja maior do que o registrado nas últimas duas décadas. O futuro e o destino do setor foram discutidos durante um evento realizado, nesta quinta-feira (27), pela Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt).
Guga Stocco, considerado um dos maiores especialistas em futurismo e tecnologia do Brasil, foi um dos palestrantes. Segundo ele, o debate foi em torno do consumidor do futuro e a aceleração do mundo digital.
“Falamos também de todo o impacto que a pandemia trouxe e essa aceleração do mundo digital. O consumidor se tornou muito mais digital dentro de casa. Outro ponto importante abordado são as construções do futuro”, disse.
A evolução é marcada pela conectividade, inteligência artificial, acompanhamento e controle em tempo real, novos arranjos, novas competências, novas relações de trabalho.
Todas essas mudanças devem considerar a preocupação com o meio ambiente, apesar do avanço em tecnologia. Segundo a Fiemt, a chegada da inteligência artificial vai aguçar a criatividade dos seres humanos.
Em 10 anos, a maior parte do poder de compra no país deve estar concentrada nas mãos dos ‘millennials’ e da ‘Geração z’, que é um público que busca não apenas a qualidade e preço, mas também engajamento, pertencimento e identificação com o propósito das marcas que consome.
O presidente da Fiemt, Gustavo Oliveira, disse que as indústrias mato-grossenses têm tudo para ser como a ‘Geração Z’, “ainda que com sotaque do campo”.
“O futuro ainda não existe. Nós é que precisamos definir aonde queremos chegar, planejar o caminho e executar o plano. E a indústria de Mato Grosso está a postos para transformar nossas grandes oportunidades em realizações concretas”, ressaltou.
Crescimento
A presença da indústria mato-grossense no contexto nacional quase dobrou em dez anos. Mato Grosso teve o sétimo maior crescimento na participação industrial no país.
Atualmente, 11 mil indústrias estão instaladas no estado, gerando empregos para mais de 140 mil pessoas.