A confirmação da identidade de dois homens encontrados mortos em uma área de mata em Confresa resultou no avanço imediato das investigações conduzidas pela Polícia Civil. A localização ocorreu na sexta-feira (5), durante diligências do Núcleo de Investigação da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos.
Os corpos estavam enterrados a aproximadamente 22 quilômetros da zona urbana e foram reconhecidos oficialmente após análise pericial feita pela Politec. Segundo o órgão, a identificação foi concluída em menos de 24 horas pela equipe de papiloscopia, que confirmou as vítimas por meio das impressões digitais.
As vítimas foram identificadas como Ivan Jobe Bombarde dos Santos, de 33 anos, natural de São Paulo, e Erisnaldo Barrozo Rodrigues, de 25 anos, natural do Maranhão. Conforme informações da Polícia Civil, o local onde os corpos estavam enterrados apresentava sinais de uso frequente para ocultação de cadáveres, reforçando a suspeita de atuação de grupos criminosos da região do Araguaia.
No ponto analisado, os peritos recolheram materiais e evidências que agora passam por avaliação técnica. Esses elementos, segundo a corporação, serão fundamentais para reconstruir a dinâmica dos crimes e apontar possíveis envolvidos. O procedimento é respaldado pelo Código Penal, que prevê investigação específica para homicídios e ocultação de cadáver.
A Polícia Civil informou que a apuração segue para esclarecer a motivação dos homicídios e verificar se há ligação com desaparecimentos registrados recentemente no município. A possibilidade de participação de uma facção criminosa ativa em Mato Grosso também é analisada pelos investigadores.
Área pode ter sido usada repetidamente para ocultação
O ponto onde os corpos foram encontrados chama a atenção dos investigadores pela facilidade de acesso e pela vegetação densa, condições que podem ter sido usadas para tentar dificultar a localização das vítimas. Segundo os policiais que participaram da ação, havia indícios de que o espaço já havia sido usado anteriormente para fins semelhantes.
Esse tipo de local, geralmente isolado e pouco frequentado, costuma ser explorado por grupos criminosos que buscam retardar o trabalho da polícia. Entretanto, a identificação rápida realizada pela Politec ajudou a encurtar o tempo de resposta operacional, permitindo que as linhas de investigação fossem definidas ainda nas primeiras horas após o achado.
Próximos passos da investigação
Com a liberação dos corpos para os procedimentos funerários, a Polícia Civil concentra esforços na análise de vínculos entre vítimas, possíveis autores e eventuais registros de ameaças ou conflitos anteriores. Também estão sendo checadas denúncias enviadas aos canais oficiais, que podem auxiliar na localização de suspeitos.
A corporação reforça que qualquer informação sobre movimentações suspeitas na região rural ou sobre pessoas desaparecidas pode ser comunicada de forma anônima. As equipes permanecem em campo para identificar se o terreno integra uma rota mais ampla de atividades ilícitas. As informações divulgadas são da Polícia Civil e da Politec.
