Corixo antrópico no Pantanal se torna refúgio para animais durante a seca

Fonte: CENÁRIOMT

Seca extrema aumenta em Mato Grosso e ameaça o país
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A seca que assola o Pantanal encontrou um oásis no km 47 da Transpantaneira. O primeiro corixo antrópico da região, construído com recursos do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), tornou-se um refúgio essencial para a fauna local. Com 150 metros de comprimento, quatro de largura e três de profundidade, o poço artificial tem sido intensamente utilizado por animais em busca de água durante a estiagem, como evidenciam as diversas trilhas ao redor do local.

Viabilizado por meio do Banco de Projetos e Entidades do MPMT, com um investimento de R$ 209,7 mil, o projeto foi executado pela Associação de Defesa do Pantanal (ADEPAN). Além de servir como fonte de água para os animais, o corixo também possui um sistema de captação que permite o abastecimento de caminhões de bombeiros em caso de incêndios, garantindo assim a proteção do bioma.

Uma das inovações do projeto é o mirante, localizado às margens da Transpantaneira, que permite o acesso fácil e rápido dos caminhões de bombeiros. A estrutura, em formato de drive-thru, facilita o abastecimento dos veículos, agilizando o combate a possíveis incêndios. No futuro, o mirante também poderá ser utilizado como ponto de observação turística, permitindo que visitantes admirem a beleza do Pantanal de forma segura e sustentável.

A promotora de Justiça Ana Luíza Ávila Peterlini celebrou o sucesso do projeto. “O corixo antrópico é um exemplo de como a união de esforços entre o poder público, a sociedade civil e a iniciativa privada pode gerar resultados positivos para a conservação do meio ambiente”, afirmou a promotora.

A criação do corixo antrópico demonstra a importância de buscar soluções inovadoras para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e garantir a preservação da biodiversidade do Pantanal.