Coral Mato Grosso lança disco remix e documentário inspirados em linguajar cuiabano

Lançamento ocorre nesta segunda-feira (6), no Mirante das Águas; entrada gratuita

Fonte: CenárioMT

coral mato grosso lanca disco remix e documentario inspirados em linguajar cuiabano
O evento ocorre no Mirante das àguas, Várzea Grande, a partir das 19h. O acesso é gratuito e serão obedecidas as normas de biossegurança exigidas - Foto por: Henrique Santian

Que tal começar a segunda-feira cantando e dançando? Essa é a proposta do Coral Mato Grosso, que lança no próximo dia 6 o disco Coral Mato Grosso Remix – no qual une o canto orgânico às batidas eletrônicas. O projeto Música Mato-Grossense Tipo Exportação lança, ainda, o documentário que celebra os mais de 20 anos do grupo.

O evento ocorre no Mirante das Águas, Várzea Grande, a partir das 19h. O acesso é gratuito e serão obedecidas as normas de biossegurança exigidas.

Na ocasião, o Coral apresentará clássicos dos três discos já gravados, todos com composições assinadas por Edna Vilarinho. Acompanhados também por um DJ, revelarão como ficou o resultado da nova aposta: músicas do coral receberam arranjos baseados no estilo downtempo, uma vertente da música eletrônica que costuma ser utilizada para recriar músicas folclóricas.

A comadre Guanira – personagem criado por Cristiano Tortorelli – fará as honras. Ela, que é diretora cênica do Coral, receberá o público ao lado da regente e diretora musical, Sonia Mazetto. Em toda sua caminhada o Coral Mato Grosso sempre se pautou por elevar a cultura cuiabana, mas principalmente, seu linguajar. Assim, as composições de Edna Vilarinho ritmam essa trajetória.

“Eu fiz essas músicas para acabar com essa ‘sem-graceira’ das pessoas, perguntando, ‘nossa! Que língua que é essa?’”, se diverte em entrevista para o documentário dirigido por Rogê Além, com câmera de Henrique Santian. E Guanira endossa: “Todo mundo tem sua fala, cuiabano também tem”. Sua presença garante momentos divertidos ao filme.

Considerado um padrinho do Coral, o jornalista Elias Neto também dá seu depoimento. Partiu dele o primeiro convite para uma apresentação em TV aberta. A repercussão foi grande, afinal, nenhum outro focava seu repertório todo em músicas que exaltavam o falar cuiabano, até então, alvo de preconceito. A propósito, o jornalismo é utilizado como recurso para complementar os depoimentos.

Com conhecimento de causa e da história do coral, Elias celebra o projeto de remixagem das músicas. “Isso é hibridismo, é evolução, desenvolvimento e fortalecimento dessa música que deixa de ser local para ser transnacional”.

Responsáveis pelas inovações musicais, Rogê Além e José Stival, respectivamente, o diretor e produtor musical, explicam suas apostas sonoras. “O downtempo possui baixo BPM. Produtores do mundo todo tem divulgado músicas folclóricas, baseando-se pelo estilo. Pelo que se tem conhecimento, é algo inovador para o cenário regional”, diz Rogê.

Stival descreve o projeto como uma experiência inspiradora. “É uma música que não quer tocar seu corpo, quer tocar sua alma. O groove percussivo, repetitivo, quase que hipnótico, dá um toque especial à organicidade do canto coral”.

Para arrematar, a idealizadora do projeto, que considerou surpreendente o resultado da empreitada, endossa: “A nossa música vem do pé no chão, da realidade dos mestres populares… Como as pessoas vão receber isso? Como uma terapia musical de pista”, aposta Mazetto.

O projeto Música Mato-Grossense Tipo Exportação recebe incentivo da Lei Aldir Blanc. O edital foi realizado pelo Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), em parceria com o Governo Federal, por meio da Secretaria Nacional de Cultura, do Ministério do Turismo.

 

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