A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos (Derf), iniciou a primeira fase da Operação Reditus, que investiga um esquema em que comerciantes foram submetidos a pagar uma “mensalidade do crime” a uma organização criminosa para não terem seus estabelecimentos furtados e roubados.
Segundo as investigações, os comerciantes arcavam com uma taxa mensal que variava de R$ 100 a R$ 500 e seus estabelecimentos eram marcados com um adesivo que funcionava como um sinal de que aquele local não poderia ser assaltado.
De acordo com a polícia, 20 comerciantes já confirmaram o pagamento e a suspeita é de que esse número chegue a 300.
Donos de caminhonete também pagavam para não ter os veículos levados e os integrantes dessa facção criminosa também.
Cerca de 140 policiais foram mobilizados para essa operação que já teve 107 mandados cumpridos em três cidades de Mato Grosso e uma em Mato Grosso do Sul (MS). Foram 66 prisões, sendo 48 em Rondonópolis, e 41 mandados de busca e apreensão. Entre os alvos estavam detentos da Penitenciária Major Eldo Sá Corrêae, a Mata Grande, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, e da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.
O delegado que conduziu as investigações, Santiago Sanches, disse que os investigados responderão por tráfico de drogas, associação ao tráfico, tortura, roubo de veículos e extorsão.
“Quem já está preso responderá por um novo processo que seguirá perante a 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Nós esperamos concluir as investigações da operação num período de 30 dias, pelo menos a primeira fase dela”, explica o delegado.