Os comerciantes de Várzea Grande, região metropolitana da capital, se reuniram na manhã desta quinta-feira (16) e fizeram uma carreata no centro da cidade. Eles pedem a liberação para retomarem as atividades econômicas, que estão suspensas devido à pandemia da Covid-19.
Hoje é o último dia da quarentena coletiva obrigatória na região metropolitana. No entanto, o Ministério Público Estadual pediu à Justiça que aumente o período da quarentena obrigatória que está em vigor aqui na capital e em Várzea Grande.
No pedido, o MPE alega que a situação na região metropolitana se agravou, e que as duas maiores cidades do estado estão com risco muito alto de contaminação da Covid-19 e com alta ocupação de dos leitos UTI. Sempre acima de 90%.
Até essa quarta-feira (15), Várzea Grande registrava 2.304 casos confirmados e 212 mortes em decorrência da doença. Já em Cuiabá, o número de infectados, incluindo residentes e não residentes, mas que estão na capital, passou de 8,1 mil, e 538 pessoas morreram devido à Covid-19.
O juiz José Luiz Lindote vai decidir ainda nesta quinta-feira se prorroga ou não e por qual período.
Os manifestantes usaram carros de som e faixas com críticas à prefeitura durante o protesto, que percorreu as principais avenidas do centro.
Determinação judicial
A primeira determinação judicial para que Cuiabá e Várzea Grande decretassem quarentena obrigatória entrou em vigor no dia 25 de junho.
A quarentena proibiu o funcionamento de estabelecimentos de serviços não essenciais nos dois municípios, que figuram no sistema de classificação como cidades com risco muito alto de contaminação pelo novo coronavírus.
Após os 15 dias, houve uma nova audiência entre os municípios e a Justiça, e foi determinada a prorrogação por mais sete dias da quarentena. Agora, a Justiça vai definir, novamente, se estende a medida por mais uma semana.
A quarentena obrigatória foi determinada para tentar frear o aumento no número de casos de Covid-19 nas duas cidades.