Com fechamento de zoológico da UFMT, 28 jabutis são levados para o Parque da Tijuca no RJ

Fonte: G1MT

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Foto: Divulgação

Vários jabutis-tinga que eram criados no antigo zoológico da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) foram levados para uma floresta no Rio de Janeiro. Os 28 animais estão vivendo no Parque Nacional da Tijuca desde o dia 16 deste mês.

De acordo com a UFMT, o zoológico que foi desativado em 2016 se tornou um Centro de Medicina e Pesquisa de Animais Silvestres (Cempas) no ano passado. Os animais passaram a fazer parte do projeto Rafauna, desenvolvido pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

“É a primeira vez que estamos reintroduzindo o jabuti-tinga no Parque Nacional da Tijuca e não há registros de reintrodução desta espécie aqui no Brasil em locais onde deixaram de existir, como o Parque”, explicou Marcelo Rheingantz, biólogo da UFRJ e pesquisador do Refauna.

O pesquisador contou está sendo avaliado se o período de adaptação influencia a sobrevivência dos jabutis. Com essas informações, os especialistas esperam “subsidiar futuras reintroduções de populações desses animais”.

Dos 28 jabutis-tinga levados para o setor Floresta do parque, 14 passaram por um processo de aclimatação – ajustamento – em um cercado dentro da área de preservação nos últimos seis meses. Nesse período, os pesquisadores acompanharam dados como padrões e hábitos de alimentação, comportamento e deslocamento.

A espécie

O jabuti-tinga (Chelonoidis denticulata) pertence à família Testudinidae. A fêmea da espécie se destaca por ser maior, com cerca de 70 centímetros. O macho atinge 40 centímetros.

Os animais apresentam a coloração amarelada e podem pesar até 12 kg. O macho tem o escudo ventral côncavo e a fêmea, reto.

Uma curiosidade dos jabutis é que não possuem dentes, mas sim uma placa óssea que funciona como uma lâmina. Eles se alimentam de carne, frutas, verduras, legumes, minhocas, moluscos, lesmas e gramíneas.

É um animal ectotérmico, ou seja, necessita do calor do ambiente para elevar a temperatura corpórea. A fêmea põe cerca de nove ovos na terra, em um buraco cavado por ela. A incubação pode durar até nove meses.

A espécie é encontrado da região amazônica até Mato Grosso. E também ocorre em países vizinhos como Equador, Colômbia, Guiana, Venezuela, Peru e Suriname.
Sou Dayelle Ribeiro, redatora do portal CenárioMT, onde compartilho diariamente as principais notícias que agitam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Com um olhar atento para os eventos locais, meu objetivo é informar e conectar as pessoas com o que acontece em suas cidades. Acredito no poder da informação como ferramenta de transformação e estou sempre em busca de trazer conteúdo relevante e atualizado para nossos leitores. Vamos juntos explorar as histórias que moldam nosso estado!