Com câncer raro no cérebro, jovem de MT faz campanha para pagar cirurgia e iniciar tratamento com vacina recém-desenvolvida pela USP

Fonte: G1 MT

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Foto: Arquivo pessoal

O trabalhador autônomo Luis Paulo Lucena Borges, de 33 anos, descobriu há um ano e cinco meses o diagnóstico de glioblastoma multiforme, um tipo de câncer raro, que atinge regiões do cérebro responsáveis pela visão, audição e coordenação motora. Ele criou uma vaquinha online para pagar os custos de R$ 85 mil da cirurgia que foi realizada nessa terça-feira (25).

Luis soube que estava com a doença depois que desmaiou no banheiro de casa e acordou com a mão cortada. A pia estava quebrada e ele não entendeu o que tinha acontecido. Ligou para uma amiga e os dois foram para a casa da mãe dele passar o fim de semana.

Já fazia 8 anos que havia saído da casa dos pais para morar sozinho. Começou a ter fortes dores de cabeça e escondeu da família por não entender o que estava acontecendo. No início, os pais achavam que era uma dor de cabeça normal, que depois de alguns dias iria passar.

Após uma semana sem conseguir comer, beber e com muita dor de cabeça, foi ao hospital. O médico pediu alguns exames e, para não assustar Luis, ele disse que mandaria os exames para ser analisados em São Paulo. Ele foi internado e o caso passou a ser cirúrgico.

Luis soube que estava com a doença depois que desmaiou no banheirdo de casa e acordou com a mão cortada. A pia estava quebrada e ele não entendeu o que tinha acontecido. Ligou para uma amiga e os dois foram para a casa da mãe dele passar o fim de semana.

Em pesquisas na internet, ele descobriu que o Departamento de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Hospital do Coração, desenvolveram uma vacina para combater o glioblastoma.

A vacina utiliza células dendríticas para ativar uma resposta mais eficaz do próprio sistema de defesa do paciente. A resposta vai ativar o sistema imunológico, que reconhecerá as células tumorais e as destruirá.

Luis foi para São Paulo nessa segunda-feira (24) para começar o tratamento. Ele conta que não tem custo por ser experimental, mas precisou fazer outra cirurgia que o plano de saúde não irá cobrir os custos, no valor de R$ 85 mil. Então, ele criou uma vaquinha online para pagar as despesas.

“Os médicos não garantem que tem cura, vou ficar operando, mas eu vou até onde meu corpo aguentar a quimioterapia. Eu fiz de tudo para conseguir um hospital que atendesse pelo plano de saúde, mas não consegui”, afirma.

Sou Dayelle Ribeiro, redatora do portal CenárioMT, onde compartilho diariamente as principais notícias que agitam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Com um olhar atento para os eventos locais, meu objetivo é informar e conectar as pessoas com o que acontece em suas cidades. Acredito no poder da informação como ferramenta de transformação e estou sempre em busca de trazer conteúdo relevante e atualizado para nossos leitores. Vamos juntos explorar as histórias que moldam nosso estado!