A colheita do milho na safra 2022/23 em Lucas do Rio Verde está atrasada em comparação ao restante do Estado e até aos períodos anteriores. A informação é da Fundação Rio Verde. O atraso, em média, é de 15 dias, mas em algumas regiões do município chega a até 20 dias.
O motivo para o atraso é ligado às condições climáticas no plantio e agora, quando os produtores se preparavam para colocar as máquinas em campo.
“Nosso plantio foi um pouquinho mais tarde e o clima também colaborou com essa diminuição da perda de umidade no final do ciclo. Então tivemos chuvas no mês de abril, todo mês de abril, tivemos chuvas no mês de maio e isso interferiu na planta, onde ela tem reteve mais umidade”, explicou o diretor executivo da Fundação Rio Verde, Rodrigo Pasquali.
Enquanto alguns produtores estão com a colheita de milho em andamento, há vários outros que ainda não iniciaram o trabalho.
Mais chuvas
Pasquali observa que ocorreram pancadas de chuva ainda no final de maio e início desse mês. “De certa forma isso interfere na parte operacional, atrasa a operação de colheita da cultura do milho”.
E essas chuvas inesperadas também traz reflexos na cultura do algodão. “Você tem as plumas já abertas e isso interfere na qualidade do algodão. Não é tão interessante nós termos essa ocorrência de chuvas é nesse mês de junho, acaba não sendo tão benéfica”, lamenta.
Por outro lado, as chuvas são um fator positivo em relação ao risco de incêndio em lavouras por conta de ter umidade no solo. Segundo Rodrigo, isso reduz as condições de os restos vegetais sofrerem combustão.
Produtividade
Já em relação a produtividade, Rodrigo Pasquali diz que as primeiras lavouras apresentaram dados pouco animadores. Em alguns casos ocorreu a redução de índices em comparação a safras anteriores.
Contudo, a expectativa foi renovada com o aspecto visual de outras áreas onde ainda não iniciou a colheita. “Nós temos uma expectativa de ter uma safra melhor, uma média de produção melhor que o ano passado por conta desse aspecto visual e por conta do regime hídrico das chuvas. Choveu melhor, a cultura teve uma melhor nutrição, teve uma melhor formação de grãos e isso vai refletir diretamente na produtividade”, acredita Pasquali.