Reflexões sobre a presença da cultura negra na contemporaneidade estruturam o documentário “Danças Negras” (Brasil, 2020, 72’), de João Nascimento & Firmino Pitanga, atração presencial da Temporada de Filmes do Cine Teatro Cuiabá nesta terça-feira (26.10), às 19h30.
A sessão é realizada em parceria com o Coletivo Audiovisual Negro Quariterê. Depois da projeção, Amanda Nery, mestranda do PPGAS/UFMT e integrante do Coletivo Quariterê, media a conversa com participantes da ação. A classificação indicativa do filme é 12 anos. A entrada custa R$ 10 (inteira). A partir das 19h30 é permitido estacionar em frente ao Cine Teatro Cuiabá.
Além de figuras ilustres oriundas do campo das artes do corpo, da capoeira, dos terreiros de candomblé, do movimento negro e ambiente acadêmico, o filme conta com entrevistas exclusivas de Raquel Trindade (falecida em abril de 2018) e Makota Valdina (falecida em março de 2019). “Danças Negras trilha caminhos poéticos fundamentados na ancestralidade, nas memórias marcadas em corpos que dançam histórias, movimentações estéticas, políticas e sonoras oriundas das diásporas africanas no Brasil e outros desdobramentos urbanos marcados pela transculturalidade”, destaca o diretor João Nascimento.
Além de Kabengele Munanga, Raquel Trindade e Makota Valdina, Danças Negras tem depoimentos exclusivos de Clyde Morgan, Edileusa Santos, Lia Robatto, Enoque Santos, Helena Katz, Dinho Nascimento, Salloma Salomão, Mestre Felipe, Fernando Ferraz, Mestre Lumumba, Carlos Moore e do coreógrafo Firmino Pitanga que também assina a direção do filme.
João Nascimento é artista, pesquisador de cultura negra em diáspora e diretor das artes dos corpos dançantes e sonoros. Cineasta documentarista, realizou a direção, roteiro e trilha sonora do filme “Danças Negras”, produzido pela Kalakuta Produções. Atualmente realiza a direção dos filmes “Tambores da Diáspora” e “Hip-Hop Caboclo”.
Firmino Pitanga é coreógrafo, licenciado em Dança pela Universidade Federal da Bahia. Durante mais de 30 anos realiza estudos sobre a dança negra na África e no Brasil, tornando-se um dos precursores da dança negra contemporânea em São Paulo.