Fortes e sequenciais chuvas no estado, principalmente na região norte, estão transformando estradas em rios e criando verdadeiras barreiras para o trabalho em campo.
Em Gaúcha do Norte, o caminho para regiões de chácaras estão debaixo d’água próximo a divisa com o Pará. E a queda de árvores de grande porte impressiona até mesmo as equipes experientes.
“Nós estamos com veículos próprios para essas regiões. Mas há trechos que são realmente impossíveis de serem acessados. Nestes casos, vamos andando com muito cuidado e toda a segurança pra atender as regiões. A gente vai andando e vendo se tem buraco, alguma coisa. A segurança é muito importante”, comentou o eletricista da Energisa, Elton Pinheiro.
De acordo com o coordenador do Centro de Operações Integrado da Energisa Mato Grosso, Paulo Teixeira, a empresa acompanha em tempo real toda a situação climática do estado.
“A gente tem visto situações críticas como o caso de Peixoto de Azevedo, que declarou situação de emergência por conta dos estragos provocados pelos temporais. E esse tipo de cenário impacta diretamente no nosso trabalho. Por exemplo, em regiões alagadas. Logicamente se um cabo é rompido, nos fazemos o desligamento emergencial pra que o reparo seja feito. Mas se o nível da água estiver muito alto, há trechos que precisamos seguir em pequenas embarcações, muitas vezes remando mesmo. Nessas situações, o tempo de atendimento pode aumentar em até 50%”, explicou o coordenador do COI.
Ainda no norte, outras cidades afetadas nos últimos dias foram Cláudia, Marcelândia e Terra Nova do Norte. Já na região do Araguaia, a MT-100 tem pontos invadidos pela água. Entre Alto Boa Vista e São Félix do Araguaia, a correnteza abriu valas onde até os veículos mais preparados não estão conseguindo. Há também atoleiros entre Querência e União do Sul, onde máquinas agrícolas estão dando apoio para a passagem de carretas.
Equipes posicionadas dia e noite e em mutirão
De acordo com dados do Grupo Storm, empresa especializada no monitoramento do clima e contratada para apoiar às ações da Energisa, Mato Grosso fechou 2022 com a incidência de 20,8 milhões descargas elétricas, doze por cento a mais do que em 2021. O serviço já tinha sinalizado em outubro chuvas e descargas acima da média para o ciclo das chuvas até março. Em Luciara, que faz parte da regional da Energisa em Barra do Garças, o fornecimento foi interrompido justamente por queda de raio na rede. “Os danos impediram que reacionamento remoto da rede fosse feito. Tivemos que atuar manualmente, na região”, explicou Paulo.
A previsão fez com que a Energisa posicionasse equipes de forma estratégica, aumentando ainda o número de colaboradores em campo. “A gente prepara as equipes e reforça o número de colaboradores, contratando também empresas parceiras, priorizando prestadoras do estado, que já conhecem o nosso estado. Essas equipes ficam em pontos específicos e com os equipamentos necessários pra fazer uma intervenção forte, caso exista necessidade. Claro que há áreas de extrema dificuldade. E nessas regiões a gente pede o apoio dos clientes. Nós estamos com esforço total pra fazer o atendimento”, reforçou o coordenador do COI.
A orientação da empresa à população entre em contado com a Energisa em caso de necessidade de atendimento pelos canais de atendimento oficiais: Call Center – 0800 646 4196; Gisa (assistente virtual do WhatsApp) (65) 99999-7974.
Além disso, ao ver algum cabo partido, nunca toque nele. Isole a área para evitar acidentes. E também não faça intervenções na rede, como fechamento de chaves. Esse contato pode causar acidentes sérios e até mortes. Já em caso de raios e áreas alagadas, evite o tráfego sem o devido treinamento.