A descoberta de um cemitério clandestino em uma área isolada de Confresa expôs um possível ponto de desova ligado à atuação criminosa na região. Dois corpos foram localizados no local, e um deles estava decapitado, conforme informações divulgadas nesta quarta-feira (3).
O achado ocorreu em uma área de mata na Cachoeira da Onça, a aproximadamente 22 km do perímetro urbano. As vítimas ainda não foram identificadas, e os investigadores tratam o ponto como um possível espaço usado por facção com atuação no município e no Araguaia.
De acordo com a Polícia Civil, o terreno foi localizado após meses de apurações conduzidas pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos. As equipes reuniram relatos e denúncias que mencionavam a existência de um local destinado ao descarte de corpos na região. As buscas levaram os agentes até a área onde estavam as covas clandestinas.
Os policiais detalharam que a localização do cemitério reforça o caráter de ocultação, já que a mata densa e o difícil acesso dificultavam a aproximação. Esse tipo de configuração é frequentemente apontado pelas forças de segurança como estratégia usada por grupos criminosos para evitar descobertas rápidas.
A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foi acionada e permaneceu no local realizando análise minuciosa do terreno, coleta de vestígios, registro fotográfico e outros procedimentos técnicos. Todo o material recolhido, incluindo fragmentos e amostras, foi encaminhado para o laboratório pericial.
Investigação avança com exames periciais
A próxima etapa da apuração será focada na identificação das vítimas. A Polícia Civil informou que esse processo dependerá de exames laboratoriais e confronto genético, etapas consideradas essenciais diante do estado em que os corpos foram encontrados. A análise deve indicar não apenas a identidade, mas também circunstâncias e possíveis causas das mortes, contribuindo para esclarecer a dinâmica dos crimes.
Segundo os investigadores, a consolidação desses dados é fundamental para direcionar as linhas de investigação e entender se as vítimas tinham relação com disputas locais ou com outras ocorrências recentes registradas no Araguaia. A Polícia Civil também avalia informações que possam conectar o local a atividades de facções que atuam em Mato Grosso.
Próximos passos e continuidade dos trabalhos
A equipe da Derf mantém diligências na região da Cachoeira da Onça e segue colhendo depoimentos que possam ajudar na reconstrução dos fatos. O objetivo é identificar quem tinha acesso à área e de que forma o espaço passou a ser utilizado, reforçando a linha investigativa sobre a participação de grupos organizados.
Conforme informado pela Polícia Civil, novas ações estão previstas, incluindo varreduras adicionais na mata e cruzamento de dados periciais. Até o momento, não há previsão para a conclusão das análises.
Informações divulgadas pela Polícia Civil e pela Politec serviram de base para este conteúdo.






















