Mato Grosso registrou um aumento de 905% nos casos dos portadores do vírus HIV/AIDS. Segundo dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, em 2007 foram registrados 76 casos. Já no ano de 2017 o número subiu para 764, o maior registro de portadores em uma década.
De acordo com o infectologista José David Urbaez, que integra o corpo clínico do Cedic Cedilab, Laboratório da Dasa, a AIDS é uma doença provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Ela é caracterizada pela exaustão do sistema imunológico. O HIV tem como principal alvo os linfócitos T CD4, um dos responsáveis por comandar a resposta às doenças infecciosas. “Clinicamente, a doença se define pelo desenvolvimento de infecções por germes oportunistas e/ou neoplasias associadas ao vírus”, detalha.
A forma mais conhecida de transmissão do vírus HIV é por meio de relações sexuais sem o uso de preservativo. Porém, o vírus também pode ser transmitido pelo contato com sangue e hemoderivados – que são componentes ou frações específicas obtidas a partir do sangue humano– como consequência de bolsas de transfusão de má qualidade ou entre indivíduos usuários de drogas injetáveis, que compartilham agulhas e seringas para tal fim. Há também, a forma de transmissão vertical (de mãe para filho) que ocorre no momento do parto ou pela amamentação.
Diagnóstico
Para o diagnóstico da doença, se destaca o teste Elisa, exame laboratorial realizado a partir de amostras de sangue. Inicialmente se faz o teste de ensaio imunoenzimático, que funciona como triagem. Esses testes detectam tanto anticorpos contra o vírus, como também estruturas do próprio vírus. Os resultados são disponibilizados em até 24 horas.