A Saúde prorrogou até o dia 20 de dezembro a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e a Campanha Nacional de Multivacinação. Quem ainda não se imunizou deve procurar uma unidade básica de saúde de segunda a sexta-feira, das 7h às 11h e das 13h às 17h. Devem ser vacinadas crianças de zero até adolescentes de 15 anos.
O Departamento de Saúde Coletiva do município explica que todas as crianças entre um ano e quatro anos, 11 meses e 29 dias devem ser vacinadas contra a poliomielite (paralisia infantil). Também devem procurar uma unidade de saúde, crianças de zero a adolescentes de 15 anos, para atualizar a caderneta de vacinação. Além da vacina contra a poliomielite, estão disponíveis 14 tipos de vacinas para crianças de zero a cinco anos e oito tipos para crianças e adolescentes de seis a 15 anos.
Rondonópolis disponibiliza todas as vacinas em 45 unidades básicas de saúde. Somente não há imunização em unidades que não contam com salas de vacina e nas unidades do projeto Sentinela, que atendem exclusivamente pacientes com sintomas ou em tratamento de Covid-19.
O Departamento de Saúde Coletiva reforça a importância da vacinação porque a baixa cobertura vacinal pode aumentar casos de doenças que podem ser prevenidas com a imunização e possibilitar o retorno de doenças que já foram erradicadas do Brasil, mas ainda existem em outros países.
Busca ativa
Preocupada com a baixa procura da população por vacinas, a Secretaria Municipal de Saúde desenvolveu uma ação de busca ativa. “Os agentes comunitários de saúde foram orientados a verificar as cadernetas de vacinação nas casas das famílias com crianças e adolescentes e quando necessário, realizar a vacinação das residências”, explicou a gerente do Departamento de Saúde Coletiva, Gil Machado.
Com essa medida, foi possível aumentar a cobertura vacinal em Rondonópolis, que estava bem abaixo da meta, mesmo após realização do Dia “D” de vacinação. Hoje, conforme dados da Saúde Coletiva, o município alcançou 81,46% da meta de vacinação contra a poliomielite, por exemplo. Foram aplicadas 10.682 doses da vacina. No entanto, mais de 3 mil crianças entre um e cinco anos ainda precisam se imunizar contra a poliomielite.
Vacina previne doenças graves
A poliomielite por exemplo, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes e provocar ou não paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.
O Ministério da Saúde explica que a vacinação é a única forma de prevenção. Contra a pólio, todas as crianças até cinco anos devem ser vacinadas conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual.
“A falta de vacinação pode ocasionar o retorno de doenças graves como a poliomielite para o Brasil, que foi erradicada em função da vacina, mas ainda existe em outros países. Com a imigração há risco de retorno da doença se a população não estiver imunizada”, exemplifica Gil Machado.
Outra doença que preocupa é o sarampo, que também pode ser prevenida com a vacinação. O sarampo é uma doença grave e apresenta alto risco de contágio e disseminação, podendo causar sequelas e óbito. Uma pessoa pode transmitir para até 18 pessoas. A transmissão ocorre pelo ar, ao tossir, espirrar, falar ou respirar. A vacinação contra o sarampo somente é contraindicada para crianças menores de seis meses de idade, gestantes e pessoas com sinais e sintomas de sarampo.
Caderneta atualizada com a multivacinação
O objetivo, de acordo como o Ministério da Saúde, é conscientizar a população sobre a importância de se imunizar contra diversas doenças como sarampo, febre amarela, rubéola, caxumba, hepatites A e B, entre outras. A multivacinação é uma estratégia que tem a finalidade de atualizar a situação vacinal de menores de 15 anos. São ofertadas todas as vacinas do calendário nacional de vacinação.