A apreensão de cerca de 600 kg de maconha resultou na prisão em flagrante de um caminhoneiro na BR-364, em Rondonópolis, no sul de Mato Grosso. A carga ilícita estava escondida em embalagens identificadas como defensivos agrícolas e foi localizada durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal.
O motorista foi detido no local após os agentes encontrarem tabletes da droga dentro do baú do semirreboque. Sem apresentar documentação fiscal da suposta mercadoria transportada, ele recebeu voz de prisão por tráfico de drogas e foi encaminhado às autoridades competentes.
De acordo com informações da PRF, a apreensão ocorreu durante uma fiscalização de rotina na rodovia, inicialmente voltada ao combate de ultrapassagens indevidas. O caminhão foi parado depois que os policiais constataram falhas no sistema de sinalização traseira, o que motivou a abordagem.
Durante a entrevista padrão, o condutor relatou que havia saído de Boa Vista, em Roraima, com destino ao Rio de Janeiro, transportando cargas diversas, entre elas sucata de eletrônicos e cadeiras de madeira. No entanto, conforme a PRF, ele demonstrou nervosismo e apresentou dificuldade para responder perguntas simples sobre o trajeto e o conteúdo transportado.
As respostas imprecisas chamaram a atenção da equipe, que decidiu realizar uma vistoria minuciosa no compartimento de carga. Foi nesse momento que os policiais localizaram os recipientes suspeitos no interior do baú.
Droga estava camuflada em embalagens agrícolas
No total, os agentes encontraram 18 galões plásticos com inscrições de defensivos agrícolas e seis caixas de papelão. Dentro desses recipientes estavam os tabletes da substância análoga à maconha, cuidadosamente acondicionados para tentar despistar a fiscalização na rodovia.
Segundo a PRF, não havia qualquer nota fiscal ou documento de transporte que comprovasse a legalidade da carga declarada como defensivos agrícolas. A ausência dessa documentação reforçou a suspeita de que o material era utilizado apenas como disfarce para o transporte do entorpecente.
Após a confirmação da irregularidade, o caminhoneiro foi questionado sobre a origem e o destino da droga. À polícia, ele afirmou que teria carregado o entorpecente em Manaus, no Amazonas, e que a entrega final seria realizada em Goiânia, capital de Goiás.
O motorista também declarou que recebeu a carga sob a justificativa de que se tratava de defensivos agrícolas e que receberia R$ 500 por volume transportado. Essa informação foi registrada no boletim de ocorrência e será considerada no andamento das investigações.
A PRF destacou que a tentativa de camuflar drogas em cargas aparentemente lícitas é uma estratégia recorrente utilizada por organizações criminosas para atravessar longas distâncias sem levantar suspeitas imediatas durante fiscalizações rodoviárias.
O caso foi encaminhado à Polícia Civil de Rondonópolis, que ficará responsável pela continuidade das investigações. A apuração deverá buscar identificar outros envolvidos no transporte e na logística da droga, além de esclarecer se o motorista atuava sozinho ou a serviço de terceiros, conforme informações repassadas pela própria PRF.
