Aconteceu na tarde dessa quinta-feira (21) na sede do Sindicato Rural, na cidade de Sorriso-MT uma reunião entre representantes de 15 municípios do eixo da BR-163 e Técnicos da Rota do Oeste, onde foi discutido sobre a revisão contratual da concessão da BR-163.
Durante a reunião foi discutido assuntos ligados diretamente à concessão da rodovia, duplicação e as travessias urbanas.
De acordo com o prefeito de Lucas do Rio Verde-MT, Luiz Binotti, que esteve semana passada em Brasília tratando sobre a rodovia BR-163 com o Ministro da Secretaria de Governo, Santos Cruz, o CEO da Rota do Oeste, Diogo Santiago, enquanto não for resolvido o imbróglio financeiro, não será possível a concessionaria fazer as obras que já estão bem atrasadas de acordo com o projeto original de duplicação da via.
Em Lucas do Rio Verde, o projeto prevê apenas a construção de uma travessia urbana. Porém, o poder público entregou às autoridades e representantes da Rota do Oeste um estudo técnico para viabilizar, além de duas novas travessias urbanas, cinco passarelas no trecho da BR que passa no meio da cidade.
“Fizemos um estudo técnico para apresentar para a ANTT na renovação quinquenal da concessão com as solicitações do município sobre as travessias urbanas e nós vamos protocolar este documento para que novas possibilidades de travessias sejam inclusas no contrato de concessão”, informou Binotti.
Na reunião da tarde dessa quinta-feira em Sorrio, participaram ainda, representantes da ANTT – Agencia Nacional de Transportes Terrestre e DNIT- Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte.
Roberto Madureira, gerente de relações institucionais da Rota do Oeste, apresentou as projeções de melhorias da rodovia para os próximos anos, durante o encontro. As obras nos trechos urbanos devem iniciar a partir de 2020.
“A Rota do Oeste está trazendo a visão dela, a proposta dela, onde a ANTT também colocou a proposta dela aqui também, como dona desse contrato de revisão quinquenal como uma solução de destravamento dessas obras. O que a gente pode disser é que se essa for realmente à solução escolhida pelo Governo Federal, para destravar, não só aqui no Estado de Mato Grosso, mas também em todos os locais em que as concessões federais estão encontrando problemas, nós trouxemos aqui a nossa visão de como ela deve ser feita”.
Na visão da Rota do Oeste, as obras vão trazer melhorias imediatas nos pontos críticos da rodovia, como as travessias urbanas, bem como o trecho Cuiabá/Rosário Oeste onde o tráfego é muito elevado.
Para realização das obras, a Rota do Oeste deverá buscar recursos federais, através de financiamento, tendo em vista que os valores arrecadados com a cobrança de pedágio não são suficientes.
“Um dos problemas de paralisação das obras foi justamente o financiamento prometido lá atrás pelo governo federal não foi executado. E hoje essa revisão já vem sendo feita com novos parâmetros de revisão que a gente poderia conseguir no mercado. Hoje é uma visão bastante realista conseguir esse financiamento no mercado e não mais subsidiado junto ao governo para poder trazer os investimentos necessários para fazer as obras”.
A crise econômica aliada a um período de turbulência política no governo federal, fez com que os recursos não fossem disponibilizados pela esfera federal à empresa ganhadora da concessão da BR-163, impedindo o andamento das melhorias, afirmou Madureira.
“Tivemos algumas mudanças políticas no BNDS, que é o órgão que concederia esse financiamento e mudou-se a intenção de conceder os recursos para esse tipo de investimento no país, embora tecnicamente nós entendêssemos que estávamos capacitados para tal”.
A revisão de restruturação do contrato de concessão da BR-163 pela Rota do Oeste não implicará, a princípio, de acordo com Madureira, em aumento tarifário para os usuários da rodovia.
“Precisaríamos reequilibrar os valores do contrato e a elevação de tarifa seria uma saída, mas a gente entende que não é o caminho. A gente entende que o reescalonamento dos prazos para essa entrega, trazendo inteligência para isso, primeiro duplicando onde precisa e adiando ainda não é tão necessário, a gente consegue chegar a esse equilíbrio, sem a necessidade de aumentar a tarifa”, finalizou.