O Ibama apreendeu 59 aves silvestres mantidas ilegalmente em cativeiro em Barra do Garças e municípios vizinhos, incluindo espécies ameaçadas. A ação aconteceu durante a Operação Gênesis, iniciada no último dia 24, com foco no combate ao tráfico de fauna na região de divisa entre Mato Grosso e Goiás.
A primeira apreensão ocorreu após denúncia em uma fazenda local, onde agentes ambientais encontraram aves sem licença, como arara-canindé, papagaio-verdadeiro, papagaio-do-mangue e maracanã-da-cara-amarela. Alguns animais estavam acorrentados e outros em gaiolas trancadas. Cinco aves são listadas na Cites II, convenção que regula o comércio de espécies ameaçadas.
Em outra ação, o Ibama encontrou aves na residência de um professor universitário investigado por tentar fraudar, 32 vezes, o Sistema de Controle e Monitoramento da Atividade de Criação Amadora de Pássaros (SisPass) em 2024. O sistema registra transferências, anilhas e movimentações de aves, e o professor havia feito solicitações repetidas e manipulado informações para legalizar animais de origem ilícita.
Mesmo sem licença ativa e com acesso suspenso, ele mantinha aves ilegalmente. O professor foi autuado por descumprimento de embargo, sujeito à multa prevista para quem mantém, deposita ou guarda fauna silvestre sem autorização da autoridade competente.
No total, as ações resultaram na apreensão de 59 aves, que foram encaminhadas ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama em Brasília, onde receberão triagem e cuidados veterinários antes de possível reabilitação. Durante a operação, também foi realizada a soltura de um guaxinim-neotrópico em área de soltura no Mato Grosso, após processo de reabilitação no Cetas.
O Ibama reforça que a operação visa coibir práticas de tráfico de fauna e garantir a proteção de espécies ameaçadas, com ações integradas que incluem fiscalização em propriedades rurais e monitoramento eletrônico de aves criadas em cativeiro.
Fonte: informações do Ibama.






















