A cada dia, a campanha Agosto Dourado tem ocupado mais destaque nas ações de saúde por se tratar de uma ação que atua em prol de uma maior consciência das mães e dos pais em relação à relevância do leite materno como alimentação necessária para que os bebês e as crianças possam desenvolver-se de forma sadia.
Para fortalecer essa ideia, é preciso uma atuação em conjunto entre a saúde e a população e um dos serviços oferecidos é o banco de leite já existente dentro do Hospital São Lucas.
O QUE É UM BANCO DE LEITE HUMANO?
É um centro de apoio e incentivo ao aleitamento materno que obrigatoriamente, deverá estar localizado dentro de uma unidade hospitalar que possua UTI neonatal, como no caso do Hospital São Lucas. Ele deve estar vinculado a Rede de Bancos de Leite Humano Brasil (RBLH – BR), que por sua vez, está ligada a Rede Global de Bancos de Leite Humano.
A rede de banco de leite se configura como ação estratégica da Política Nacional de Aleitamento Materno e além de coletar, processar e distribuir leite humano a bebês prematuros e de baixo peso, os Bancos de Leite Humano (BLHs) realizam atendimento de orientação e apoio à amamentação.
O modelo brasileiro é reconhecido mundialmente pelo desenvolvimento tecnológico inédito que alia baixo custo à alta qualidade, além de distribuir o leite humano conforme as necessidades específicas de cada bebê, aumentando a eficácia da iniciativa para a redução da mortalidade neonatal.
A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH-BR) foi estabelecida em 1998, por iniciativa do Ministério da Saúde e da Fundação Oswaldo Cruz, com a missão de promover, proteger e apoiar o aleitamento materno, coletar e distribuir leite humano com qualidade certificada e contribuir para a diminuição da mortalidade infantil.
PARA QUE SERVE?
Se configura como ação estratégica da Política Nacional de Aleitamento Materno e além de coletar, processar e distribuir leite humano a bebês prematuros e de baixo peso internados em unidades de UTIs Neonatais, os Bancos de Leite Humano (BLHs) realizam atendimento de orientação e apoio à amamentação.
QUEM PODE DOAR?
Mulheres em aleitamento materno exclusivo com produção de leite excedente, que estejam saudáveis e comprovem isso por meio dos exames realizados ao longo do pré-natal, já que serão consideradas inaptas caso apresentem alguma doença infecto-contagiosa que impeça a amamentação e consequentemente, a doação.
Não deverão ainda, ser fumantes, fazer uso de bebidas alcoólicas, drogas ilícitas e medicações controladas incompatíveis com a amamentação.
A QUEM O LEITE DOADO E PROCESSADO SERÁ DESTINADO?
A oferta do leite será realizada única e exclusivamente para recém-nascidos prematuros de baixo peso internados na UTI neonatal e impreterivelmente, dentro de ambiente hospitalar, não sendo permitida sua comercialização nem distribuição para o público em geral.
QUAIS OS BENEFÍCIOS DO LEITE HUMANO PROCESSADO?
Na impossibilidade de amamentar um bebê prematuro com o leite de sua mãe, que se apresenta como o melhor e mais personalizado alimento que uma criança pode receber, a segunda melhor opção é o leite processado de uma doadora. Já é comprovado cientificamente que o leite materno é o melhor alimento que um bebê pode receber por conter todos os nutrientes em quantidades e qualidade necessários, bem como, por se apresentar como uma vacina rica em células do sistema imunológico que auxiliará no combate de infecções e doenças, e ainda, microrganismos benéficos responsáveis pela formação saudável da microbiota intestinal, além de muitos outros benefícios tais como a prevenção da obesidade na vida adulta e de doenças metabólicas tais como diabetes tipo 2.
Estudos de coorte também comprovaram que, crianças amamentadas por suas mães, ou que receberam leite de uma doadora saudável, apresentaram maior Q.I, tiveram melhor neurodesenvolvimento, maior desempenho escolar ao longo da vida, quando em comparação a crianças não amamentadas, e quando adultos, tiveram acesso a melhores oportunidades de emprego e remuneração, o que levou a uma melhor qualidade de vida.