Uma mulher e o neto dela foram denunciados por duas pessoas que caíram em um golpe de falsa venda de uma propriedade rural, que valeria R$ 42 milhões, no Distrito de Batovi, em Guiratinga, a 331 km de Cuiabá. As denúncias foram feitas à Polícia Civil e um inquérito foi aberto para apurar o caso. As vítimas alegam que perderam quase R$ 300 mil.
Segundo a denúncia, um empresário de 70 anos, que mora em Cuiabá, ajudou financeiramente o estelionatário por mais de dois anos. O suspeito alegava passar dificuldades por não conseguir vender uma fazenda herdada da família por testamento.
A outra vítima também é empresário da capital e se interessou em comprar a propriedade. No entanto, os suspeitos alegaram que para concretizar a negociação era preciso regularizar alguns documentos do imóvel, que, na verdade, não pertencia a eles.
Segundo as vítimas, foram feitos alguns depósitos para o suposto pagamento de taxas de cartório. O último foi no valor de R$ 70 mil, que seria para pagar uma taxa de escritura. Juntos, os dois depositaram para os suspeitos cerca de R$ 280 mil.
Como prova de que a fazenda existia, eles mandaram um documento de testamento da família. Depois de estranharem a demora para a emissão os documentos da escritura e outras taxas, as vítimas foram até Guiratinga.
Ao chegar lá, o suposto proprietário da fazenda não soube responder sobre nenhum documento. Os compradores então perceberam que se tratava de um golpe.
Depois disso, as vítimas descobriram que a propriedade herdada no testamento já tinha sido vendida e dividida entre a família, e que já não pertencia aos supostos vendedores.
O suposto estelionatário havia oferecido 70 cabeças de gado como garantia de pagamento, mas as vítimas descobriram que o gado também não existia.
Depois disso, os suspeitos foram embora alegando que precisavam ir até o cartório de Rondonópolis resolver um problema na documentação e nunca mais apareceram e nem foram localizados.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Fernando Fleury, um inquérito já foi instaurado para investigar esse caso. As vítimas já foram ouvidas e apresentaram a comprovação da transação bancária.