Prática comum realizada entre moradores de uma mesma região é o aviso de blitz me grupos de WhatsApp. O que muita gente não sabe é que, ao fazer isso, está cometendo um crime previsto no artigo 265 do Código Penal: Atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de água, luz, força ou calor, ou qualquer outro de utilidade pública. A pena é de reclusão de um a cinco anos, além de multa. Autoridades da Polícia Militar e Judiciária Civil de Mato Grosso fazem alertas.
O delegado Christian Cabral, titular da Delegacia Especializada em Delitos de Trânsito (Deletran), afirma que além da conduta ser imoral e ilegal, também facilita a vida de criminosos.
“Não apenas condutores que trafegam com veículos irregulares ou sob efeito de álcool, mas qualquer tipo de criminoso que pode ter acesso as informações sobre a realização de fiscalização de Segurança Pública. Com isso, se furtam dessas ações e continuam impune, colocando a vida das pessoas que andam certo, de bem, sob risco, dificultando o combate a criminalidade”, pondera.
“Se ele estiver próximo de uma barreira e ser avisado pelo WhatsApp, ele vai desviar. Então a pessoa que teve o seu bem roubado, vai continuar sem ele. Se a pessoa não avisar, o carro vai passar pela blitz e a gente vai identificar”, finaliza o tenente-coronel.
Ao menos uma vez na semana, o Batalhão de Trânsito juntamente com a Deletran, e outros órgãos, realizam a Operação Lei Seca. Ano passado, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) realizou 42 edições, que resultaram na prisão de 163 motoristas por embriaguez ao volante.
Ainda conforme o levantamento, de janeiro a dezembro, 444 pessoas foram autuadas por dirigirem sob efeito de álcool. Foram realizados 4.231 testes de etilômetro (bafômetro), 1.463 Autos de Infração de Trânsito e apreendidas 426 Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Também foram recolhidos 780 veículos.