O primeiro Programa Nacional de Crédito Fundiário do governo Bolsonaro e que foi implantado em Lucas do Rio Verde, ganhou um importante incentivo da Aviação Agrícola de Mato Grosso, para a implantação da atividade de apicultura.
Representando a classe, o piloto agrícola Comandante Antônio Carlos, participou da solenidade de entrega dos títulos de propriedade às 50 famílias contempladas com o Programa de Crédito Fundiário, ocorrido na noite desta quinta-feira (17), na Câmara Municipal.
Na oportunidade o aviador fez a doação de um cheque no valor de R$ 8 mil ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais e à Cooperativa Agrofamiliar dos Agricultores do Projeto Fenix II, para que iniciem a atividade apícola como forma de incrementar a renda dessas famílias.
“Um incentivo muito importante para essas famílias que vão poder produzir o mel. Então isso vai ser de grande ajuda para os beneficiários do projeto”, destacou Ademir Forlin, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
“Investir na agricultura familiar para produzir alimentos e abastecer os comércios nas cidades”. A observação é do Comandante Antônio, piloto agrícola que está há 25 anos atuando no segmento em Mato Grosso, em especial na região de Lucas do Rio Verde.
“Esse é o primeiro projeto de crédito fundiário do governo Bolsonaro. Essas pessoas estão sendo contempladas e eu imagino essa alegria ao receber esse título. Essas famílias, além de estarem recebendo os títulos de suas terras, hoje estão recebendo a missão de produzir alimentos. No Brasil, 80% de todo alimento que vai à mesa das famílias, tem origem na agricultura familiar”, destacou Antônio Carlos.
“Nós da aviação agrícola em Mato Grosso, estamos fazendo uma doação para que essas famílias beneficiadas com o Projeto Fenix II, possam iniciar a atividade de apicultura. Os lotes do projeto são pequenos e dessa forma, essas pessoas precisam produzir com valor agregado”, lembrou o aviador.
Apicultura no novo projeto
Como a atividade demonstra ser rentável, comandante Antônio Carlos defende que ela seja praticada pelas famílias beneficiadas no novo projeto agrário em Lucas do Rio Verde.
As novas áreas produtivas contam com áreas de preservação permanentes, as chamadas APP’s. Além disso, a comunidade está próxima de uma fazenda que tem 20 mil hectares de mato. “Então eles vão estar produzindo até um mel orgânico”, observou o piloto agrícola, que se colocou à disposição para colaborar com essa iniciativa.
“Eu sempre tive a alegria de trabalhar com agricultura de larga escala, porque a gente produzia um alimento muito barato. Só que hoje se exporta tudo isso e encareceu pra gente. E eu acredito que a agricultura familiar nesse segmento é a solução para, nesse primeiro momento, termos alimentos baratos”, concluiu.
APOIO
Antônio Carlos acompanhou o processo de desapropriação da Fazenda Fenix II, localizada a 50 km de Lucas do Rio Verde, na região da comunidade São Cristóvão.
Amigo da família Pasquali, o piloto agrícola auxiliou na busca de informações para que a área fosse usada para a criação do projeto de crédito fundiário. “Ajudamos a documentar a área para que ela se enquadrasse nos padrões que o governo exigia, pra ser feito esse projeto de crédito fundiário”, destacou, lembrando que foram cerca de quatro anos até que o projeto se tornasse realidade. “Mas graças a Deus deu tudo certo. Sentimos muito a perda de um amigo, o Leomar Pasquali (um dos herdeiros)”, emendou.
Apicultura na região
Preocupado com a sustentabilidade, comandante Antônio Carlos vem desenvolvendo ações para estimular o desenvolvimento na apicultura em Mato Grosso. Ele tem visitado várias regiões, inclusive na região do Xingu, na aldeia Pavuru e no Rio Arraia. Índios de seis etnias em vinte e sete aldeias conheceram o projeto.
“E os índios gostaram muito. Eles se adaptaram muito bem com apicultura, visto que eles não têm muita fonte de renda lá, não pode vender nada que do que tá em cima da área deles e eles têm que ficar lá pra gente ser um país, entre aspas, ecológico”, disse.
Antônio Carlos observa que eles já estão ganhando dinheiro com mel. “A primeira colheita vai ser feita agora em final de fevereiro ou março. A perspectiva é de 30 a 50 quilos de mel por caixa. Espalhamos cem caixas em diversas aldeias como escola pra eles aprenderem e eles tiveram muito sucesso nisso”, destacou.
Neste sentido, o piloto agrícola pediu que a classe política conheça o projeto para que ele possa ser levado para outras regiões do Xingu.