200 viaturas da polícia são recolhidas por falta de pagamento
O atendimento de ocorrências policiais está comprometido em Mato Grosso. Isso por que empresas responsáveis pela locação das viaturas ao Governo do Estado vêm recolhendo os veículos devido à falta de pagamento. A situação se arrasta desde o fim do ano passado e, desde então, cerca de 200 viaturas já teriam sido recolhidas.
Metade da frota do Secretaria de Segurança Pública (Sesp) é alugada, o que corresponde a cerca de 1 mil veículos. A maior contratada, sendo ela a CS Brasil, responde por 700 viaturas e, diante dos atrasos, se recusou a firmar um contrato emergencial para prorrogação da prestação do serviço.
Ontem, o governador Mauro Mendes informou que vai tentar buscar o diálogo com as empresas. “Vamos conversar com as empresas e pedir um voto de confiança. Hoje (ontem), é o sexto dia de nossa administração e não existe solução mágica. O que existe é trabalho sério e honesto e o tempo para resolver”, disse em entrevista ao “Bom dia Mato Grosso”, da TVCA.
A ausência de viaturas nas ruas ocasiona demora no atendimento das ocorrências. “Quem aluga os veículos para a segurança pública está pegando as viaturas da polícia e, então, fica o segurança no quartel e porque não consegue prestar segurança para a nossa população e está sem veículo”, reconheceu.
Contudo, Mendes reafirmou que “Mato Grosso está quebrado”. “Temos que recompor a capacidade do Estado de pagar seus fornecedores. Hoje, o que o Estado arrecada no mês não dá para pagar as despesas do mês”, reforçou. Segundo ele, Mato Grosso tem atualmente somente em resto a pagar um montante de quase R$ 4 bilhões.
Já em dezembro do ano passado, a Secretaria de Segurança informou garantiu inexistência de prejuízos à população e que já estava com o processo para nova contratação já está em andamento. Segundo informações, o Estado possui uma frota de aproximadamente dois mil veículos, sendo 1.088 locados e cerca de mil próprios e acautelados. Do total da frota alugada, 752 carros pertencem ao contrato com a CS Brasil, que foi encerrado e já está com processo em andamento desde 2017 para nova contratação.