As forças de segurança de Mato Grosso apreenderam, entre janeiro e outubro de 2018, 11.589,394 toneladas de drogas. O montante é 23% maior que o total apreendido no mesmo período de 2017 (9.386,798 toneladas), e chega a 41% no acumulado de 2015 (8.197,608 toneladas) a 2018. Já com relação a 2014 (2.790,515 toneladas) a apreensão cresceu 315%.
Os dados são da Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (CEAC) da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), que utiliza como fontes a Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (Enafron) e a Polícia Judiciária Civil (PJC-MT). A cocaína lidera o aumento de apreensão este ano com 60%, seguida por maconha com 24%, enquanto o crack e a pasta base apresentaram redução de 95% e 15%, respectivamente.
A intensificação das operações na região de fronteira contribui para esse resultado, conforme ressalta o comandante do Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron), tenente-coronel PM José Nildo de Oliveira. “A união de esforços e a integração entre as forças de segurança, tanto estaduais quanto federais, como Polícia Civil, Polícia Militar, Exército Brasileiro e Polícia Federal, são fundamentais. Além disso, os investimentos feitos pelo Governo do Estado em aquisição de armamentos, fardamento e veículos faz com que o profissional se sinta valorizado e estimulado”.
O trabalho integrado também foi destacado pelo subchefe do Estado Maior da Polícia Militar (PM-MT), coronel PM Delwison Sebastião Maia da Cruz, assim como as atividades de inteligência e operacionais. “Essa produtividade alta é devido ao empenho da inteligência das várias regionais da PM e do trabalho ostensivo também. O resultado das operações integradas entre os órgãos de segurança estaduais e federais tem sido muito positivo, é a base de tudo”.
Menor circulação de armas
O levantamento também apontou que houve uma redução no número de armas apreendidas de 12% no estado, já que foram 1.989 de janeiro a outubro de 2018 contra 2.271 no mesmo período de 2017. Estes dados são obtidos com base no Sistema de Registro de Ocorrências Policiais (SROP).
A avaliação do titular da Delegacia Especializada de Repressão de Entorpecentes (DRE), Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, é que este cenário acompanha a redução dos índices de homicídio, roubos e furtos no estado. “Com o enfrentamento especializado à violência, principalmente para evitar os crimes mais graves, como homicídios, consequentemente tem-se menos armas circulando entre os criminosos”.
O delegado pondera que os dados de apreensões tanto de armas quanto de drogas são resultados das abordagens e operações policiais, que foram intensificadas nos últimos anos. “O que aumentou foi a ação policial, especialmente o uso da inteligência para combater o tráfico de drogas e o trabalho integrado entre as forças de segurança”, acrescenta. As operações integradas contam com a participação das Polícias Militar (PM-MT), Judiciária Civil (PJC-MT), Corpo de Bombeiros Militar (CBM-MT), Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT).