Após um levantamento com dados públicos feitos pela Universidade de São Paulo (USP) que aponta Mato Grosso entre os estados com falhas nos protocolos para o retorno às aulas presenciais, a coordenadora do ensino fundamental da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Nailê Bernardo, disse em entrevista que as equipes estão se reunindo com os municípios para discutir os protocolos de biossegurança.
A pesquisa foi feita com base em oito eixos (máscaras, ventilação, imunização, testagem, transporte, ensino remoto, distanciamento, e higiene), os pesquisadores criaram um índice de segurança para o retorno às aulas presenciais.
A média das pontuações coloca os estados com notas baixas, de 30 a 59, enquanto o máximo é 100.
O índice de segurança para volta às aulas no estado ficou em 30,65.
O retorna das aulas está previsto para o dia 3 de agosto nas escolas estaduais de Mato Grosso, de forma gradativa.
Segundo Nailê, até lá, todas as escolas devem estar equipadas, com as medidas de biossegurança, seguindo as orientações da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).
“As escolas receberam recursos para que isso fosse efetivado, com aquisição de itens de segurança”, afirma.
A coordenadora explicou também que estão acontecendo reuniões em Cuiabá e Várzea Grande para discutir o assunto e acrescenta que estão buscando um contato maior com os gestores das escolas, para entender a realidade de cada unidade.
A Seduc já fez visitas também no interior do estado.
Sobre a pesquisa da USP, a coordenadora afirma que não condiz com a realidade.
“O estudo não fez um levantamento fiel. Os índices de imunização, testagem e transporte estão muito baixos, quando grande parte da rede estadual já recebeu a primeira dose da vacina, por exemplo. Temos municípios que todos os professores já receberam a primeira dose. Existe uma preocupação constante”, conclui.