Após acionar a Justiça, por meio da Defensoria Pública, Lucineia Pereira Gomes, que mora em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, aguarda o resultado de exames de Covid-19 para embarcar para um hospital de Ribeirão Preto (SP), onde o filho, que nasceu com má formação no crânio e no coração vai passar por cirurgia.
Ela deu à luz a Enthony Alessandro Pereira Lopes no dia 19 de agosto, com 37 semanas de gestação.
Lucineia havia feito vários exames de ultrassom e nenhum deles mostrou que Enthony tinha alguma enfermidade.
Com 37 semanas descobriu que ele tinha má formação no crânio e não se sabia ao certo de que tipo, mas também atingia o coração, e que o parto deveria ser feito imediatamente.
Ela foi encaminhada para o Hospital Regional de Sorriso e, após o parto, o bebê foi direto para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Em princípio, os médicos fizeram exames na cabeça ele foi diagnosticado com craniossinostose complexa.
A craniossinostose é caracterizada pelo fechamento precoce dos ossos do crânio do bebê, que resulta em deformidades no formato da cabeça.
No dia 24 de agosto, Lucineia encaminhou um processo para a Defensoria Pública da União de Mato Grosso (DPU) solicitando a transferência de Enthony para uma UTI em Cuiabá.
Outros exames foram feitos e foi detectado que o bebê também tem uma má formação no coração, em que a válvula pode se fechar e ocasionar na morte dele. Enthony precisa fazer uma cirurgia.
Segundo Lucineia, em princípio, a resposta da Defensoria é de que está aguardando a resposta dos hospitais fora de Mato Grosso que possam fazer esse tipo de cirurgia.
“Já faz 20 dias que estou com ele na UTI e há 15 dias estamos tentando um meio de salvar a vida de meu filho. Como mãe estou desesperada, pois não sei quanto tempo ele tem”, afirma.