A oftalmologista Letícia Franco, de Cuiabá, que sofria da síndrome Ásia, morreu na madrugada desta quinta-feira (5). Durante a luta contra a doença, ela chegou a anunciar que iria ser submetida a eutanásia na Suíça, mas desistiu após reencontrar seu grande amor. O velório acontece desde as primeiras horas de hoje na Capela Dom Bosco.
O caso da médica ganhou repercussão em março de 2018, quando anunciou, por meio do Facebook, que iria cometer eutanásia em uma clínica no país, onde era permitido. Na Suíça, a assistência ao suicídio é permitida desde 2001, no entanto, o critério é que o pedido de assistência seja sério e repetido durante algum tempo e sempre para um paciente que tenha uma doença incurável, com morte previsível.
A enfermidade se manifesta em pessoas com predisposição. Próteses de silicone e alguns tipos de vacina são apontados por pesquisadores como fatores desencadeantes a doença que provoca inflamações graves nas articulações e dores crônica. Letícia, inclusive, havia desenvolvido a doença após colocar próteses de silicone.
A médica sofreu anos com dores e internações. Depois de desistir da eutanásia, ela chegou a anunciar que iria doar seu corpo para estudos, para que pesquisadores tentassem encontrar a cura para a doença. A desistência se deu após reencontrar o seu ex-namorado. Eles acabaram se casando e a médica se sentiu disposta a procurar tratamentos para amenizar suas dores.