A funcionalidade e as potenciais utilizações dos semáforos inteligentes foram debatidas pela equipe da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) junto a alunos e professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Durante a visita técnica, realizada na última semana, eles também foram apresentados ao sistema desenvolvido pela empresa mexicana Semex, responsável pela tecnologia adquirida pela Pasta.
Na ocasião, os engenheiros da marca, Helder Rezende e Rodolfo Islas, falaram sobre como o software pode ser explorado em longo prazo. Para isso, o equipamento antigo, utilizado em Cuiabá até o último ano, foi levado para comparação. Os profissionais lembraram que a empresa atua hoje em grandes cidades de países como Canadá, México e Estados Unidos.
Na Capital, onde foram implantados 111 semáforos inteligentes até 2019, algumas vantagens já foram constatadas. Controlados de uma Central dentro da Secretaria, os aparelhos oferecem capacidade de programação de 32 ciclos, o dobro dos anteriores. Há ainda possiblidade de abrir apenas uma faixa por rolamento na mesma via, uma vez que o equipamento conta com um “porta foco” por faixa de rolamento.
De acordo com o titular da Pasta, Antenor Figueiredo, os semáforos estão trabalhando em modo ativado por câmeras e já reduziram em 60% os problemas com manutenção. “Este era um dos nossos principais problemas. Se ameaçava chover, os semáforos já davam pane, tínhamos que deslocar equipe, prejudicava-se o trânsito e havia gastos. Sou conhecedor do assunto porque trabalhei em outra gestão, com outro sistema.”
Ele reforça que o principal objetivo do encontro é que os profissionais e futuros engenheiros de transporte explorassem ao máximo as informações e tirassem todas as dúvidas com relação ao equipamento. “Nossa intenção é que todos entendam quais benefícios essa tecnologia ainda pode trazer. É Possível que daqui a 30 anos não tenhamos explorado tudo que ela oferece”, disse.
O professor do curso de Engenharia de Transporte da UFMT, Luiz Miguel de Miranda, explica que a finalidade do curso é criar cultura sobre logística e transporte. “Entendemos melhor as potencialidades que isso oferece e é justamente para isso que estamos preparando nossos alunos, para que se adequarem a estes novos procedimentos por meio de softwares.”
Para a coordenadora do curso, Marina Baltar, a apresentação foi importante para o entendimento do sistema implantado na Capital. “Sabemos sobre a importância do sistema, mas há diversos tipos de sistema em operação pelo mundo, funcionando de diversas maneiras. Hoje conseguimos entender o que exatamente acontece em Cuiabá, o que ainda não sabíamos.”
A Universidade e a Semob realizam em parceria um projeto de extensão que busca ações educativas para incentivar a utilização do transporte público e o respeito a faixa de pedestres. Em dezembro de 2019 os alunos demonstraram o impacto da distribuição das vias para ônibus, carros e bicicletas. A ação contou com um coletivo, disponibilizado pela Pasta, e o trabalho de agentes de trânsito.