Uma campanha realizada por agentes penitenciários arrecadou 100 cestas básicas que foram doadas às famílias de presos da Penitenciária Central do Estado (PCE) em Cuiabá. Foram arrecadados alimentos e produtos de higiene com doações dos próprios agentes.
Essa é a primeira ação beneficente realizada após o início da reforma e limpeza geral do complexo penitenciário que começou em agosto deste ano.
A agente penitenciária Jemima Camargo de Souza contou que a cesta básica é grande e toda semana o setor de serviço social faz o atendimento às famílias e é feito uma triagem para identificar as que vão receber a doação. “Tem vários produtos, três arroz, vinagre e açúcar. É uma cesta básica bem completa”, disse.
São mais de 200 agentes penitenciários que estão trabalhando na penitenciária. Essa quantidade é devido à operação que está sendo realizada dentro da instituição carcerária para coibir a atuação de organizações criminosas de dentro do complexo.
Operação na PCE
De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), a operação foi nomeada de ‘Agente Elison Douglas’. O servidor foi assassinado em Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá, no dia 30 de julho.
Uma força-tarefa revistou a carceragem, os raios e celas da unidade prisional. Serão verificadas também as condições estruturais da área da carceragem e feita a retirada de produtos que estão em ‘desconformidade com as regras do sistema penitenciário’.
Na primeira fase da operação, foram apreendidos diversos aparelhos eletrônicos, como ventiladores, freezeres e geladeiras. A PCE tem capacidade para pouco mais de 800 presos e abriga cerca de 2.500 presos cumprem pena na penitenciária.
Após a revista geral foi iniciada a reforma nas celas dos raios 1,2,3 e 4. O objetivo, de acordo com a Sesp, é fortalecer as ações de enfrentamento a crimes que possam ser cometidos dentro da unidade penal.
Durante a operação foram suspensas as visitas aos presos, assim como o atendimento a advogados e defensores públicos. Apenas as escoltas emergenciais, em caso de saúde, serão realizadas.
Em nota, o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT) declarou que a operação é um pedido dos servidores do sistema penitenciário tendo em vista o crescimento do crime organizado dentro de unidades penais.