A defesa do homem de 29 anos, suspeito de matar a engenheira agrônoma Júlia Barbosa de Souza, 28 anos, na madrugada de sábado (09), após ser baleada na nuca, quando estava dentro da caminhonete do namorado, em Sorriso (a 420 quilômetros de Cuiabá), disse que se entregar a Polícia Civil, no domingo (10), foi um ato de coragem. A vítima e o namorado foram perseguidos pelo acusado por estar andando devagar em uma das avenidas da cidade.
“Logo mais ele será apresentado a autoridade policial e será preso. Isso não é de nenhuma forma surpresa, nem para o suspeito, nem para sua defesa. Contudo, ainda assim, mesmo sabendo que será encarcerado, em um ato de coragem, em uma demonstração inconteste de vontade de colaborar com a Justiça, ele será apresentado a autoridade policial”, disse o advogado em conversa com a imprensa em frente à Delegacia do Município.
No dia do crime, a agrônoma pediu ao namorado para que os dois fossem comprar chocolate, já que ela estava com vontade de comer. Eles então seguiram até uma conveniência, de onde saíram minutos depois. O suspeito, que estava atrás, tentou realizar a ultrapassagem e mostrava-se furioso porque o carro da vítima estava devagar.
“Houve perseguição, a vítima deu a volta para tentar despistar o suspeito, inclusive entrou em uma rua errada, deu ré e voltou a ir atrás do casal, até que atirou e a atingiu. Não houve discussão, rusga, nada. O vidro da caminhonete permaneceu fechado durante todo o tempo. O motivo foi ela estar devagar com o namorado”, disse o delegado André Ribeiro, responsável pelo caso.
O delegado ainda pontua que não há dúvida quanto a autoria do crime e afirmou que o crime é bárbaro e repugnante. “Algo que chocou a sociedade. Nossos investigadores bateram de porta em porta atrás de imagens que pudessem nos ajudar. Depois que a foto da caminhonete foi divulgada na imprensa, começamos a receber ligações e na noite de sábado já tínhamos o nome do suspeito”.
A prisão do assassino foi decretada e ele se entregou no fim da tarde de domingo, acompanhado do advogado. Durante o depoimento, o homem se reservou ao direito de ficar em silêncio. A caminhonete que ele estava era emprestada.