Um adolescente de 15 anos luta há sete anos contra leucemia e espera por um transplante de medula. Kauê Celestino Garbin Teixeira, que mora em Barra do Bugres, a 169 km de Cuiabá, encontrou um doador compatível, mas não pode fazer a cirurgia porque precisa tomar um remédio no valor de R$ 985.488,00 e família não tem condições de arcar com os custos.
O Ministério Público Estadual (MPE) moveu uma ação e a Justiça determinou que a prefeitura da Barra do Bugres pague o medicamento para que o jovem possa ser submetido ao transplante. Um laudo médico enviado ao MP cita o risco de morte, caso o paciente não receba a medicação.
Em nota, a prefeitura informou que por se tratar de um remédio para tratamento e de alta complexidade, a responsabilidade é do estado e da União.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES), informou que o estado depositou em juízo R$ 118.978,58. Porém, o valor está abaixo do necessário para aquisição do medicamento.
Segundo a mãe, o mais difícil seria encontrar um doador com 100% de compatibilidade e isso aconteceu.
“A chance de conseguir um doador compatível era de um em 100 mil, e meu filho conseguiu um doador com 100% compatível, mas não consegue fazer o procedimento”, lamentou ela.
Kauê precisa tomar 56 doses de um medicamento produzido nos Estados Unidos e cada dose custa aproximadamente R$ 17,5 mil.
Kauê está internado no hospital de Câncer, em Cuiabá. Ele faz quimioterapia para tentar manter o quadro clínico estável.